Se planejar e perseguir a inovação no setor de defesa, o Brasil poderá colher frutos em muitas outras áreas. Essa é a opinião do pesquisador Waldimir Longo, professor emérito do Instituto de Estudos Estratégicos (Inest), da Universidade Federal Fluminense. Pós-graduado em universidade americana, com apoio financeiro do governo dos EUA quando era oficial no Brasil, Longo propõe um sistema de incentivo à inovação baseado no modelo daquele país, onde um quinto do orçamento federal (US$ 700 bilhões em US$ 3,5 trilhões) é aplicado em defesa.
“Metade dos físicos dos EUA que ganharam o Nobel foram financiados pelo Departamento de Defesa”, diz Longo. “Temos que ter um sistema semelhante, mas é necessário unir as três Forças.”
As Forças Armadas buscam uma ação coordenada. De acordo com o Ministério da Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa estabelece três áreas prioritárias: a nuclear, a cargo da Marinha; a espacial, da Força Aérea, e a cibernética, a ser desenvolvida pelo Exército.
Os ministérios da defesa e da ciência e tecnologia abriram licitação para desenvolver um antivírus nacional. O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, do MCT, mantém um programa que captura arquivos potencialmente perigosos na internet e constatou que os antivírus à disposição no mercado não conseguem detectar 20% das ameaças criadas para atingir exclusivamente o Brasil. (EB)
Fonte: Valor