Enquanto isso, bombardeios continuam castigando a cidade de Homs |
A situação humanitária na Síria é crítica e é urgente dar assistência às vítimas da violência armada, afirmou nesta segunda-feira a presidente do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, Laura Dupuy Lasserre. Enquanto isso, a ofensiva do Exército sírio contra centros da oposição continua, com bombardeios e artilharia pesada contra a região de Binnish, a leste da cidade de Idlib. Outra cidade bombardeada nesta segunda-feira foi Homs, bastião de opositores do regime e alvo de ataques há mais de uma semana.
"Esperamos uma resposta positiva das autoridades sírias para que se possa assistir a todas as pessoas afetadas", afirmou a presidente ao inaugurar a primeira sessão do ano do CDH, em referência às negociações para resgatar os feridos nas áreas mais castigadas pelos ataques das forças de segurança.
Laura disse que esperava que o debate sobre a Síria de terça-feira "transmita uma mensagem forte e unânime da comunidade internacional de condenação à violência e à repressão pela força da dissidência e da população civil".
Críticas - Também nesta segunda-feira, os governos da Rússia e da China rebateram as críticas recebidas a respeito de suas posições sobre a Síria. O primeiro-ministro e candidato à presidência da Rússia, Vladimir Putin, criticou o que chamou de atitude "cínica" do Ocidente a respeito da Síria. A solução do problema, segundo Putin, seria pedir à oposição armada que se retire das cidades. Para ele, "negar-se a fazer isto é cinismo".
Putin defendeu o veto russo e chinês no Conselho de Segurança da ONU a uma resolução apresentada pelos países ocidentais e árabes de condenação da repressão na Síria, aliada de Moscou. "Os ocidentais não têm paciência para elaborar uma aproximação equilibrada a respeito da Síria no Conselho de Segurança", afirma Putin em um artigo publicado no jornal Moskovskie Novosti.
O governo da China manifestou irritação com as declarações da secretária de estado americana, Hillary Clinton, sobre a necessidade de a comunidade internacional pressionar Pequim e Moscou para uma mudança de posição a respeito da Síria. "Não podemos aceitar isto. O mundo não deve impor seu plano de solução da crise ao povo sírio", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hong Lei.
Fonte: Veja