O Iraque deve receber os primeiros 24 dos 36 caças modelo F-16 que o país encomendou dos Estados Unidos no início de 2014, disse uma autoridade do governo neste domingo. Durante o mandato do ditador deposto Saddam Hussein, a força aérea do Iraque era uma das maiores da região, com centenas de aeronaves principalmente de fabricação soviética. O poderio militar do país foi dissolvido após a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003.
Em julho passado, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri Al-Maliki, dobrou o número de aviões de guerra que o Iraque havia planejado adquirir com o objetivo de fortalecer sua força aérea. A aviação militar do país foi colocada de lado durante um período prolongado em que o país dependeu de apoio aéreo dos Estados Unidos.
O diretor-adjunto do comitê de segurança e defesa do Parlamento, Iskander Witwit, disse que dois esquadrões da força aérea serão compostos a partir das primeiras 24 aeronaves.
“O Iraque pretende ter um equipamento que é mais desenvolvido do que os países vizinhos têm. Pequenos países vizinhos como o Kuwait tem até cinco esquadrões”, disse Witwit.
Iraque estaria buscando no mercado mais aviões no futuro, disse Witwite. Os pilotos já estão treinando para voar os novos F-16s.
Alguns dos países vizinhos ao Iraque e o presidente da região semi-autônoma curda, Masoud Barzani, disseram que estão preocupados com a aquisição dos jatos por Bagdá.
“Eu sinto que o futuro do Curdistão está em perigo por causa de Maliki”, disse Barzani na semana passada. “Os F-16 não deve chegar às mãos deste homem.”
O governo central e a região curda têm disputas de longa data sobre autonomia política, direitos do petróleo e territórios contestados.
Mas Witwit rejeitou as preocupações, dizendo que os aviões tinham a intenção de defender o Iraque, não “um homem”.
Fonte: Reuters
