Brasil e Bolívia treinam juntos, na área de fronteira entre os dois países, procedimentos para combater o tráfego de aeronaves supostamente envolvidas em atividades ilícitas. A segunda edição do exercício operacional entre as respectivas Forças Aéreas, denominada BOLBRA II, que acontece de 22 a 27 de julho, integra o “Acordo de Cooperação Mútua entre o Governo da República do Brasil e o Estado Plurinacional da Bolívia para combater o Tráfego de Aeronaves Envolvidas com Atividades Ilícitas Transnacionais”, firmado em 2005, na cidade de La Paz.
Durante os cinco dias de exercício conjunto, estarão atuando lado a lado aeronaves Cessna C210, Pilatus PC-7 e Krarakorum K-8, da Força Aérea Boliviana (FAB), e aeronaves A-29 Super Tucano, E-99 e C-98 e C-97, da Força Aérea Brasileira. As missões da BOLBRA II serão realizadas no espaço aéreo da região de fronteira ente o Brasil e a Bolívia. A sede brasileira do exercício será a Base Aérea de Campo Grande (BACG), localizada na capital do Estado do Mato Grosso do Sul. A base boliviana fica na cidade de Puerto Suárez, cidade que fica na fronteira com o Brasil, próximo à cidade de Corumbá.
Tendo como foco principal o treinamento de pilotos e controladores de voo, o Exercício estabelece procedimentos que aumentam a eficácia nas operações de combate a tráfegos ilícitos entre as duas nações, por meio da estreita cooperação entre os órgãos de Defesa Aérea do Brasil e da Bolívia. Também consolida procedimentos de coordenação para a interceptação de aeronaves, com vistas à execução das medidas de policiamento do espaço aéreo, sendo utilizado para revisar e atualizar as normas binacionais de defesa aeroespacial, de modo a aprimorar os procedimentos de transferência de tráfegos aéreos de interesse.
Como Comandante do Exercício BOLBRA II em território brasileiro, foi designado o Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Mário de Holanda Coutinho, Comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Em território boliviano, o comandante é o General de Brigada Aérea Weber Gonzalo Quevedo Peña, Chefe do Departamento III de Operações do EMGFAB. Ambos deverão atuar com a estrutura disponível em cada país, tendo como responsabilidade o planejamento, a supervisão e a execução das operações aéreas no período.
Fonte: Força Aérea Brasileira