Por Agências internacionais
Os Estados Unidos anunciaram ontem que vão manter uma presença militar permanente na Austrália. A medida parece responder ao crescente poderio militar chinês na região da Ásia-Pacífico.
Em visita à Austrália, o presidente americano, Barack Obama, disse ontem que Washington enviará cerca de 2.500 soldados ao país, para ajudar no "papel de liderança" dos EUA na região. "É apropriado para nós garantir que... a arquitetura de segurança da região seja atualizada para o Século XXI", afirmou Obama em Camberra.
A expansão crescente do poderio militar da China tem assustado o governo americano e os aliados dos EUA na Ásia. Vários países da região têm disputas com Pequim no Mar do Sul da China. Recentemente, o governo chinês mostrou imagens do seu primeiro porta-aviões, que está sendo construído no próprio país.
O acordo entre os EUA e a Austrália prevê que os primeiros 250 marines (fuzileiros navais) cheguem ao país no ano que vem. A presença máxima prevista é de 2.500 soldados. Atualmente, tropas dos EUA costumam realizar manobras em conjuntos com forças australianas.
A China criticou a iniciativa. "É questionável se reforçar e expandir alianças militares é uma medida apropriada... num momento em que enfrentamos uma retração da economia global ", disse o porta-voz da chancelaria chinesa.
Os EUA recorreram à Austrália pois enfrentam pressão para reduzir a presença militar em aliados como Coreia do Sul e Japão.
