Simulador ajuda reduzir custos de treinamento, que antes eram feitos fora do país. Projeto custou R$ 3 milhões e vai treinar 250 pilotos do Exército.
O Exército apresentou o primeiro simulador de voo para helicópteros totalmente desenvolvido no Brasil. O simulador de voo de helicópteros, batizado de ‘shefe’, foi todo desenvolvido no Brasil e parece uma esfera de quatro metros de diâmetro.
O realismo atinge o nível de qualidade dos melhores simuladores disponíveis no mundo. As imagens reproduzem a topografia de várias regiões brasileiras.
O capitão Fantonelli explica que os instrumentos dão aos pilotos a sensação de comandar um helicóptero.
“A sensação é de que está voando mesmo.”
O projeto custou R$ 3 milhões e levou quatro anos para ficar pronto. Todos os comandos são processados por um programa de computador, que controla as imagens e os equipamentos chamados de atuadores.
A esfera, que pesa uma tonelada, parece solta no ar. Principalmente com um repórter no comando. “Eu nunca mais vou reclamar do piloto do helicóptero da Globo que faz balançar o Globocop”, fala César Menezes.
Num treinamento de verdade, os sacolejos são de propósito. “Quando ele olha para um equipamento do painel, numa determinada condição de voo, ele vai identificar o comportamento do motor da aeronave exatamente como é o comportamento na realidade”, explica o gerente do projeto, major Marcelo Nunez.
Os treinamentos custavam para o exército US$ 1.700 mil por hora de voo, sem contar viagem e hospedagem, já que o simulador usado até agora, fica na França. Um equipamento vai treinar todos os 250 pilotos da aviação do Exército Brasileiro.
Simulador permite preparar as tripulações para situações de emergência, que não podem ser treinadas no ar porque o risco seria muito grande.
São eles que resgatam vítimas de inundações e deslizamentos de terra e dão apoio a operações como as que foram feitas em favelas do Rio de Janeiro.
“Aviação é experiência, hora de voo. É imprescindível que os pilotos estejam voando mais e com o simulador vamos conseguir fazer isso”, avisa o comandante de aviação do Exército, general Eduardo Diniz.
Fonte: Globo