31/01/2012

Rafale ganha MMRCA na Índia



O Ministério da Defesa da Índia confirmou nesta terça que a Dassault venceu a concorrência para vender 126 caças para sua Força Aérea, encerrando uma disputa que teve início em 2006. A Dassault foi declarada a vencedora após apresentar uma proposta de US$ 10,4 bilhões, mais baixa que a da EADS, corporação europeia que fabrica os aviões de passageiros Airbus e que enfrentava o Rafale com seu caça Typhoon.



Os primeiros 18 Rafales da Índia devem ser entregues em até 36 meses. Os 106 restantes deverão ser construídos na Índia, por meio de uma parceria da Dassault com a Hindustan Aeronautics, que receberá tecnologia transferida da França. Conforme a necessidade da Índia, o pacote pode chegar a até 200 caças.

O que chama a atenção é o fato de que a proposta da Dassault para o Brasil girava em torno de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões por 36 caças, um valor que, a grosso modo, é de cerca de US$ 110 milhões a
US$ 220 milhões por aeronave. Pelo mesmo critério, o pacote adquirido pela Índia – US$ 10,4 bilhões por 126 caças – dá uma média de US$ 82 milhões por avião. Tanto no caso do Brasil como no da Índia, esses valores são apenas a base dos custos. De acordo com o jornal indiano Hindustan Times, o valor que o governo de Nova Déli vai desembolsar pode ir muito além dos US$ 10 bilhões da concorrência.


Fontes disseram que o preço do pacote – incluindo o treinamento e a manutenção – pode chegar a US$ 15 bilhões, devido a aumentos de custos provocados pela alta da inflação. As negociações incluem também o custo das armas do caça e dos royalties pela produção da aeronave na Índia. Os jatos vão dar um grande impulso para o aparato de defesa da índia, o maior importado de armas do mundo, à medida que a Força Aérea da Índia substitui seus obsoletos aviões de combate da era soviética. 

Além do Rafale e do Typhoon, participaram da disputa na Índia do Gripen, o Super Hornet, o MiG-35 (Rússia) e o F-16 (Estados Unidos). Os quatro últimos foram eliminados na primeira fase da disputa.

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