01/09/2011

Sem problema resolvido, caças F-22 possivelmente vão retomar os voos


A Força Aérea dos EUA está planejando retirar a suspensão das operações de voo dos caças F-22, a qual já dura quatro meses, embora ela ainda não tenha descoberto o que deu errado no sistema de geração de oxigênio da aeronave. Membros da USAF vão se reunir no dia 2 de setembro para determinar quais as restrições que permanecerão valendo, determinando um ponto final após um intenso debate entre diferentes setores envolvidos na comunidade Raptor, disseram as fontes.


"Principalmente, a USAF está sendo pressionada a explicar para impressa por que jatos de US$ 100 milhões estão ficando na exposição estática", disse a fonte.


Em uma entrevista recente com a Air Force Magazine, o Chefe de Gabinete da Força Aérea dos EUA, o General Norton Schwartz disse que o F-22 estaria voando em breve. Schwartz também disse que espera um relatório na próxima semana a partir de seu Conselho Consultivo de Serviços Científicos, que vem investigando o problema no OBOGS. Esse relatório vai ajudar claramente a determinar o curso da ação da USAF.

"Este relatório, em conjunto com os resultados da investigação de segurança em andamento e os testes de vôo recentes, irá proporcionar uma análise com profundidade técnica, dados e recomendações para melhorar as operações de voo", disse o tenente-coronel Sam Highley, porta-voz de Schwartz."Embora a Força Aérea continue a trabalhar diligentemente para um retorno às operações de voo, a suspensão dos voos da frota de F-22 vai continuar até que a liderança sênior possa garantir que os riscos sejam o mínimo apropriado para a urgência da missão".

Highley também confirmou que a recente autorização concedida a 1ª Ala de Caça da Base Aérea de Langley para escapar do furacão Irene foi um ensaio para quando os F-22s retornarem as suas operações normais.

Uma vez que o Raptors retornem ao vôo, a USAF provavelmente vai exigir que os jatos sejam movidos de seus hangares antes de seus motores serem iniciados. Um acúmulo de monóxido de carbono do escapamento dos jatos dentro dos hangares pode ter contribuído para os problemas.

Isso daria a Força Aérea algum tempo remanescente de semanas ou meses em tempratura quente "para chegar ao verdadeiro problema resolvido e descobrir se as operações dentro dos hangares estão adequadas" antes das temperaturas caírem com a chegada do outono e fazer com que tais operações sejam mais inconvenientes, disse a fonte.

Fontes disseram que o problema do sistema de oxigênio pode ser uma válvula que não está conseguindo manter as toxinas dentro dos compartimentos de zeolyte do sistema, que ajudam a tirar o oxigênio do ar ambiente, disseram as fontes.
 

"O hangar e esta válvula podem introduzir contaminantes demais", disse uma fonte.
Há também um debate a respeito do quais restrições pós-suspensão os jatos terão de enfrentar. Alguns membros na comunidade de teste gostariam de restringir os caças F-22 a altitudes de 40.000 pés, mas os membros da comunidade operacional querem continuar voando no envelope de vôo total da aeronave de até 60.000 pés.
 

"A fisiologia operacional não suporta essa restrição e deve ser liberado para o envelope completo, porque seria preciso um mecanismo de duplo flamout nos motores juntamente com uma descompressão rápida em um Raptor que tem um OBOGS que não está funcionando normalmente", disse uma fonte. "O piloto saberia se esse evento ocorresse e teria procedimentos de emergência apropriados, que significa ter que puxar o anel verde [fornecimento de oxigênio de emergência] e então descer."
 

Fisiologistas dizem que os pilotos da Força Aérea teriam poucos segundos para reagir caso isso viesse a acontecer.
 

Mas a comunidade de piloto operacionais argumenta que os métodos dos fisiologistas "não refletem as circunstâncias da vida real que os aviadores enfrentam no cockpit e não levam em conta o equipamento de respiração de pressão".
 

"O piloto estaria recebendo ar com teor de oxigênio muito maior e continuaria a receber o ar puxando o anel verde, fazendo com que o Gráfico de Tempo de Consciência Útil da fisiologia não se aplicasse a este caso", disse uma fonte. "Os pilotos estão brigando para liberar as aeronaves para os 60.000 pés."


A suspensão dos voos dos caças F-22 ocorreu no dia 3 de maio, depois que 14 pilotos relataram incidentes com sintomas parecidos com o de hipoxia. De acordo com um piloto de F-22, substâncias químicas tóxicas foram encontradas na corrente sanguínea desses pilotos afetados.

Os investigadores ainda precisam determinar a causa do problema com o Sistema de Geração de Oxigênio a Bordo (OBOGS) das aeronaves Raptors.

"Eles não localizaram o problema", disse uma fonte. "Mas eles sentem que o risco é mínimo o suficiente para liberar eles para voar, enquanto eles continuam a ver o que pode ser feito para resolver o problema."
Os pilotos ociosos dos caças F-22 vem arduamente se mantendo em condições de voo em simuladores e aeronaves de treinamento, mas suas habilidades ficaram comprometidas durante o período de meses de duração longe de seus caças de quinta geração.

A USAF também está respondendo a cobertura da mídia sobre a suspensão de voo, o que impediu que os aviões, entre outras coisas, participassem da campanha da OTAN contra as forças do governo líbio.

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