27/06/2011


Qual é a geração de um caça?
Muito se pergunta qual é a geração de um caça, classificar um caça como de 1° Geração, 2° e assim por diante começou com a era da aviação a jato no final na 2° Guerra mundial em 1945. Varias aeronaves tiveram sua fabricação estendida por décadas e diversas versões foram produzidas com características abrangendo diferentes gerações o que dificulta ainda mais a classificação dos caças por determinadas gerações. Os períodos citados abaixo são do início da operação das aeronaves e não do início de seus projetos.

1° Geração: 1945-1955 
Essa geração foi marcada por jatos subsônicos com diversas características dos caças a pistão do final da 2° Guerra Mundial, mas com melhor desempenho.
Esses caças tinham limitações típicas da época, como a ausência de radar e ainda o uso de armamentos da 2° Guerra Mundial como bombas não-guiadas e metralhadoras. Os caças vistos em combates aéreos durante a Guerra da Coréia são típicos dessa geração. Exemplos: MIG-15, MiG-17, F-86 Sabre, Gloster Meteor, Lockheed F-80 Shooting Star, De Havilland Vampire, Saab Lansen e Dessault Ouragan e Mystére.  Algumas dessas aeronaves chegavam a ultrapassar a velocidade do som mas em condições limites.
2° Geração: 1955-1960
Essa geração foi constituída de aeronaves com grandes melhorias em desempenho como capacidade de vôo supersônico, elevado teto de serviço e razão de subida. Os principais avanços tecnológicos dessa época foi em aerodinâmica, propulsão e materiais estruturais. Essa geração também ficou marcada pelo surgimento dos primeiros radares embarcados e mísseis ar-ar e ar-solo passaram a fazer parte dos armamentos a serem empregados por essas aeronaves. Exemplos: F-104 Starfighter, F-105 Thunderchief, MiG-19, MiG-21, Dessault Mirage III, Saab Draken, BAC Lightning e F-8 Crusader.

3° Geração: 1960-1970
A 3° Geração ficou marcada por grandes melhorias tecnológicas e um grande aumento na manobrabilidade e na capacidade multimissão (ar-ar e ar-solo simultâneas). Contínuas melhorias em propulsão e o inicio de grandes avanços em aviônicos e sistemas de armas também marcaram essa geração. Os caças que voaram na Guerra do Vietnã podem ser incluídos nesse grupo. Exemplo: F-4 Phantom, Northrop F-5, MiG-23, MiG-25, Sukhoi 15, Sukhoi 20/22, Dessault Mirage F1 e Super Entendard. Um detalhe é que os Mirage IIIE operados pela FAB poderiam ser incluídos nessa categoria por incorporarem diversos avanços tecnológicos frente ás primeiras versões da aeronave.              

4° Geração: 1970-1990 
A 4° geração é composta de aviônicos, armamentos e sensores mais sofisticados que foram desenvolvidos a grandes avanços em computação e em integração de sistemas. Também ouve grandes avanços em agilidade e flexibilidade de missão. Exemplos de aviões dessa geração são o F-14, F-15, F-16, F/A-18, AV8 Harrier, MiG-29, MiG-31, Sukhoi SU-27, Panaiva Tornado, Dessault Mirage 2000 e Saab Virggen.

4.5 Geração: 1990-2000           
A geração 4.5 é basicamente composta por caças de países que não possuíam capacidade de fazer um caça de 5° geração. Com isso esses caças incorporam algumas tecnologias que caracterizam um caça de 4° geração, mas incorpora algumas tecnologias avançadas que podem ser interpretadas como de 5° geração. Algumas características dessas aeronaves são a redução da assinatura radar através de algumas mudanças de forma externa e uso de materiais absorvedores de radar em sua estrutura. Aniônicos muito avançados são pré-requisitos para essa categoria. A geração 4.5 é composta pelas seguintes aeronaves: Boeing Super Hornet, Dessault Rafale, Eurofighter Typhoon, Saab Grinpen e Sukhoi 30/33/35.

5° Geração: 2000
A 5° geração incluem caças com uma baixíssima assinatura radar, sensores com capacidades avançadas e baixa emissividade, aviônicos altamente integrados a redes de comunicação por dados que permitem uma grande consciência situacional do ambiente. São capazes ainda de sustentar vôo supersônico continuo sem o uso de pós-queimador, denominado supercruise. As aeronaves representativas da 5° geração são o F-22 Rapitor e o F-35. Existem estudos e projetos de vários países, como é o caso do PAK-FA da Rússia o J-20 da China e o F-XX do Japão.




Imagem: Poder Aereo



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