12/03/2016

Obama culpa seus aliados por fracasso em intervenção militar

© Sputnik/ Sergey Guneev

 

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez duras críticas aos seus aliados europeus e do Oriente Médio classificando-os como ‘oportunistas’. 


Em entrevista publicada pela revista The Atlantic, Obama declarou que alguns países da Europa e do Golfo Pérsico são ‘oportunistas’ porque insistem que os EUA se envolvam em complicados conflitos que pouco têm a ver com seus interesses.

‘Nas últimas décadas, tem gente que adotou o hábito de nos empurrar para atuar e depois se mostram pouco dispostos a implicar-se”, destacou Obama.

Além disso, o líder norte-americano reconheceu o fracasso da intervenção militar na Líbia em 2011, que levou ao fim do governo de Muammar Gaddafi. O presidente observou que alguns países pressionaram os EUA para se envolver.

"Quando eu olho para trás e me pergunto o que deu errado, há espaço para críticas, porque tinha mais fé que os europeus, dada a proximidade com a Líbia, se envolveriam mais", disse Obama, acusando em particular a França e o Reino Unido de desistir de continuar a operação militar.

“Agora a Líbia é um desastre”, reconheceu o presidente dos EUA.

Obama também defendeu sua decisão de não bombardear posições do regime sírio em 2013.

“Estou muito orgulhoso deste momento. O fato de que foi possível conter as pressões imediatas e pensar bem no que era o interesse dos Estados Unidos, não só a respeito da Síria, mas à nossa democracia, foi uma das decisões mais difíceis a ser tomada, e creio que, por fim, foi a correta”, observou. 

Ao mesmo tempo, o presidente dos EUA disse que a Arábia Saudita deve aprender a conviver com o Irã. Irã e Arábia Saudita estão entre os principais atores na resolução pacífica do conflito na Síria, graças à qual começou a primeira trégua em cinco anos de hostilidades.

Obama ainda destacou que o Irã durante décadas tem sido considerado um inimigo dos EUA. De acordo com o líder norte-americano, mesmo agora, no contexto da normalização das relações, Washington não pode preferir interesses do Irã aos de seus antigos aliados.

Fonte: Sputnik Brasil

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