09/03/2016

EUA planejam retomar treinamento de oposição armada na Síria


O Pentágono quer voltar a treinar combatentes da chamada oposição moderada na Síria para lutar contra a organização terrorista Daesh (Estado Islâmico), porém em menor escala, revelou nesta terça-feira (8) o chefe do Comando dos EUA no Oriente Médio, o general Lloyd Austin.

“Solicitei uma permissão para retomar os nossos esforços [de treinamento], mas com uma outra abordagem” – declarou Austin ao discursar do Senado de seu país.
Nas palavras do general, atualmente o Pentágono planeja realizar treinamentos de curto prazo para pequenos grupos de opositores. No ano passado, o departamento de Defesa dos EUA tinha planos de preparar um total de mil combatentes, mas, falhando em alcançar estes números, optou por descontinuar o programa.
Austin destacou ainda que, na sua opinião, a Rússia dificilmente permanecerá na Síria por muito tempo. “Não creio que eles [russos] permanecerão lá [na Síria] por muito tempo por conta de consequências sobre sua economia” – explicou.
Desde 2011, a Síria está envolvida em uma guerra civil, com as forças do presidente Bashar Assad combatendo vários grupos de oposição — entre eles, grupos terroristas como a Frente Nusra e o Daesh.
A Rússia vem conduzindo ataques aéreos contra terroristas na Síria a pedido de Assad desde 30 de setembro de 2015. Além de apoiar Assad como autoridade legítima da Síria, Moscou vem contribuindo para que se chegue a uma solução política para a crise síria, inclusive mediando conversas e ajudando a organizar encontros internacionais sobre a questão.
A coalizão internacional liderada pelos EUA, que inclui a França e defende a saída imediata de Assad do poder, tem realizado ataques aéreos contra instalações do Daesh desde agosto de 2014 e, um pouco depois, expandiu os seus ataques para alvos do Daesh na Síria.
Um cessar-fogo negociado por Rússia e Estados Unidos entrou em vigor na Síria em 27 de fevereiro. A trégua teve o apoio do governo sírio e de dezenas de grupos de oposição, porém não contempla os grupos terroristas Daesh e Frente al-Nusra
Fonte: Sputnik Brasil

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