22/04/2012

ORDEM DO DIA - 22 de Abril, Dia da Aviação de Caça



Foto: TC Sergio / Agência da Força Aérea


Em abril de 1945, as tropas aliadas lançaram-se contra as linhas inimigas no Teatro Europeu na tentativa de impor as negociações de paz, que poderiam dar fim a II Guerra Mundial.

Constituindo parte daquelas tropas, estava o Primeiro Grupo de Aviação de Caça, criado em 18 de dezembro de 1943, Unidade da então jovem Força Aérea Brasileira, para contribuir com o esforço de guerra em prol dos ideais democráticos e de liberdade.


Foi no dia 22 de abril de 45, que o Grupo de Caça obteve o máximo desempenho, ao realizar o maior número de surtidas daquela campanha, contabilizando, durante todo aquele esforço, marcas expressivas de eficiência, que lhe rendeu o reconhecimento internacional pelos feitos realizados nos céus da Itália.
Nascia, assim, um dos pilares da Aviação de Caça no Brasil. No dia 22 de abril de cada ano temos o dever sagrado de relembrar e o orgulho de render a merecida homenagem àqueles que lutaram e morreram em defesa dos interesses do povo brasileiro.



Decorridos 67 anos de história da saga heróica dos homens que voaram e daqueles que fizeram voar na digna tarefa de combater em céus da Europa, constata-se que a distinta participação no esforço de guerra, assim como, a vontade de consolidar as bases de uma doutrina perene na aviação de combate, fez com que os veteranos do Senta a Pua plantassem na Força Aérea os valores identificados, no calor dos combates, como vitais para a conquista de qualquer ideal.

Desenvolveram nos jovens o espírito de profissionalismo e de abnegação, disseminados pelos valores da tradição, do conhecimento, da organização e da busca incessante pela perfeição, que hoje fundamentam o reconhecimento e o prestígio da Aviação de Caça.

Composta por onze esquadrões espalhados por todo o País, os jovens pilotos da Aviação de Caça comungam dos mesmos ideais de seus mestres veteranos e dispõem de vetores que, sistematicamente, vem passando por respectivas modernizações.

A incorporação dos A-29, mais do que possibilitar aos novos pilotos voarem uma aeronave com modernos sistemas, proporcionou à FAB empregar em ambiente noturno com muito mais precisão e segurança.

A aquisição dos Mirage 2000, assim como a modernização dos F-5, trouxe recursos tecnológicos que facilitam o controle da batalha e aumentam a eficiência do emprego ar-ar e ar-solo, possibilitando, também, a introdução de novas táticas de combate, com a utilização de radares mais modernos e de mísseis de curto e médio alcance.

A modernização em curso, da frota de aeronaves A-1, proporcionará, também, o emprego de armamentos inteligentes, maior conectividade e consciência situacional, potencializando os resultados e aumentando a capacidade de sobrevivência.

O Comando da Aeronáutica dedica o máximo de seu esforço na priorização das ações para que os esquadrões da Aviação de Caça disponham dos melhores recursos possíveis.

A experiência e os ensinamentos absorvidos de nossos veteranos, porém, ensinaram-nos que somente a tecnologia não é suficiente para garantir o sucesso na solução de um conflito. A complexidade das guerras e a exposição direta da vida dos pilotos, incidem fortemente no aspecto emocional e traduzem em essência as mais cruéis das relações humanas. Não perder o foco e ter em mente os sacrifícios que lhes serão impostos é imperativo aos soldados do ar.

O adestramento deve sempre considerar a missão como o ponto de honra de um piloto de caça. E assim, voando máquinas sofisticadas e velozes, de noite ou de dia, na selva, nos pampas, nos planaltos ou no litoral, defenderão o que há de maior valor na Nação Brasileira: sua liberdade e sua soberania.
Parabéns a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira.
Brasília, 22 de abril de 2012.

Tenente-Brigadeiro do Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO

Comandante-Geral de Operações Aéreas

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