11/03/2012
NAe São Paulo vira um Problema para a Marinha
Postado por
Vinicius Donadio
Marcadores:
Marinha
Rio - Maior navio de guerra do hemisfério Sul, o porta-aviões São Paulo virou um problema para a Marinha brasileira, que o comprou da França no ano 2000.
Construído na década de 1960, o navio foi adquirido por US$ 12 milhões. Um porta-aviões novo custaria cerca de US$ 1 bilhão.
A Marinha tem dificuldades com a manutenção dos propulsores a vapor, usados para fazer o porta-aviões se mover, e com a rede elétrica.
Faltam ainda peças de reposição e mão de obra capacitada para realizar consertos.
Esses são apenas alguns dos fatores que colocam em risco a vida da tripulação, de cerca de 2.450 militares.
Em sete anos, quatro tripulantes morreram e 13 ficaram feridos em acidentes no porta-aviões. Houve pelo menos seis grandes incêndios.
No mais recente, em 21 de fevereiro, morreu o marinheiro Carlos Alexandre dos Santos Oliveira, 19 anos.
Por causa desse último incêndio, a embarcação está parada no 1º Distrito Naval, no Rio, há 15 dias. Todos os seus 1.800 compartimentos serão fiscalizados.
A Marinha tenta amenizar a questão. "Um navio de guerra com propulsão a vapor necessita de ajustes. Pequenas avarias podem ocorrer", explica o contra-almirante Paulo Alves, da assessoria de imprensa da Marinha.
Especialistas concordam que, ao manter o São Paulo em atividade, o governo procura dar demonstrações de poderio militar.
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