05/03/2012

Centro de Lançamento de Alcântara celebra 29º aniversário: Conheça a história do CLA



O Centro de Lançamento de Alcântara comemorou (1/3) seu vigésimo nono aniversário. Criado com a finalidade de executar as atividades de lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais e de coleta e processamento de dados de suas cargas úteis, bem como a execução de testes e experimentos de interesse do Comando da Aeronáutica, relacionados com a Política Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial, o Centro de Lançamento de Alcântara hoje é um dos principais locais para lançamento de veículos aeroespaciais localizados no hemisfério sul do globo e um dos mais modernos da América Latina.


História do Cento de Lançamento de Alcântara

Nas últimas décadas, o avanço nos setores tecnológico, industrial e econômico restringiu a poucos países a capacidade de colocar no espaço equipamentos altamente sofisticados de pesquisa, de coleta de dados, de telecomunicação, de sensoriamento remoto e de inúmeras outras aplicações.

Em 1979, por proposta da Comissão Brasileira de Atividades Espaciais - COBAE, o governo federal aprovou a realização da Missão Espacial Completa Brasileira - MECB, que visava a estabelecer competência no país para gerar, projetar, construir e operar um programa espacial completo, tanto na área de satélites e de veículos lançadores, como de centros de lançamentos.
 
Dentro da MECB, coube ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, do Ministério da Ciência e Tecnologia, o desenvolvimento de satélites e do segmento de solo correspondente. E, coube à Aeronáutica a implantação do centro de lançamento e o desenvolvimento dos veículos lançadores de satélites. Foi designado o Centro Técnico Aeroespacial - CTA, sediado em São José dos Campos - SP, por intermédio do Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE, para conduzir o projeto desses veículos, em decorrência da capacitação obtida desde a década de 60, com o desenvolvimento de foguetes de sondagem.

Nos estudos da MECB, ficou evidenciado que o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI, da Aeronáutica, situado na cidade de Natal - RN, apesar de possuir várias características vantajosas, experiência acumulada e qualidade comprovada, apresenta importantes restrições para lançamentos de veículos maiores, do porte do atual VLS-1 e superiores.

Em face disso, a Aeronáutica propôs ao governo federal a implantação de um novo centro de lançamento que atendesse às necessidades da MECB e com capacidade de crescimento para o futuro.

Após criteriosa avaliação dos possíveis locais, foi selecionada uma área na região de Alcântara - MA para abrigar todo o complexo de instalações e de sistemas do novo centro de lançamento.

Foi então criado o Grupo para Implantação do Centro de Lançamento de Alcântara - GICLA, em 1982, com a incumbência de gerenciar todas as atividades necessárias à implementação desse centro.
 
Já em 1º de março de 1983, foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara - NUCLA, com finalidade de proporcionar o apoio logístico e de infra-estrutura local, assim como garantir segurança à realização dos trabalhos a serem desenvolvidos na área do futuro centro espacial no Brasil.

Características da base

A proximidade da base com a linha do equador (2 graus e 18 minutos de latitude sul): a velocidade de rotação da Terra na altura do Equador, auxilia o impulso dos lançadores e assim favorece a economia do propelente utilizado nos foguetes.

A disposição da península de Alcântara: permite lançamentos em todos os tipos de órbita, desde as equatoriais (em faixas horizontais) às polares (em faixas verticais), e a segurança das áreas de impacto do mar que foguetes de vários estágios necessitam ter.

A área do Centro: a baixa densidade demográfica possibilita a existência de diversos sítios para foguetes diferentes.

As condições climáticas: o clima estável, o regime de chuvas bem definido e os ventos em limites aceitáveis tornam possível o lançamento de foguetes em praticamente todos os meses do ano.

A base é considerada uma das melhores do mundo pela sua localização geográfica, por estar a dois graus da linha do Equador

Fonte: CLA

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