07/03/2016

Exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul preocupam a Rússia


O ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou novamente o seu descontentamento diante da dimensão dos exercícios militares conjuntos iniciados nesta segunda-feira (7) pelos EUA e pela Coreia do Sul, como uma forma de pressionar Pyongyang.

 

A chancelaria russa destacou que, apesar de condenar as recentes ameaças nucleares anunciadas pela Coreia do Norte, considera os exercícios conjuntos na península coreana excessivos e sem precedentes.

“O desenrolar da situação na península da Coreia e em torno dela provoca um alerta crescente. Os exercício militares americano-sul-coreanos, iniciados em 7 de março, apesar de formalmente planejados, na realidade não têm precedentes em sua escala, quantidade e tipos de armamentos utilizados e perfis de operações trabalhadas” – revelou um comunicado emitido pelo ministério russo das Relações Exteriores.

“Naturalmente, a Coreia do Norte, sendo o país apontado como o alvo direto dessa atividade militar, não pode deixar de se preocupar com a sua segurança. A Rússia já declarou abertamente em diversas ocasiões a sua relação negativa com esse tipo de pressão político-militar sobre Pyongyang” – destacou Moscou.

Apesar disso, a chancelaria russa reprovou veementemente a reação da Coreia do Norte à presente situação em ameaçar abertamente seus oponentes com possíveis “ataques nucleares preventivos”.

“Pyongyang deve se dar conta de que, com isso, a Coreia do Norte se contrapõe definitivamente à comunidade internacional, criando uma base jurídico-internacional para o uso de força militar contra ela, de acordo com o direitos dos Estados à auto-defesa presente na Carta das Nações Unidas” – explicou o ministério russo.

Por fim, o ministério das Relações Exteriores da Rússia exortou todos os lados a agir com “prudência e moderação, para evitar que a situação evolua ao ponto de iniciar um crescente e descontrolado conflito na península.

Nesta segunda-feira (7) os EUA e a Coreia do Sul iniciaram seus exercícios militares anuais em território sul-coreano, mobilizando o maior contingente de soldados norte-americanos em décadas – 17 mil militares.

Washington intensificou os esforços de implantação de armamento estratégico na Coreia do Sul em resposta às violações de resoluções da ONU por parte da Coreia do Norte, que recentemente realizou um teste nuclear e o lançamento de mísseis balísticos de longo alcance.

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