BRASÍLIA, 1 Mar (Reuters) - O
Brasil deu um passo importante nesta sexta-feira para aderir ao grupo de
países que têm submarinos de propulsão nuclear, com a inauguração da
Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, no município fluminense
de Itaguaí, que vai construir submarinos projetados pela França.
A presidente Dilma Rousseff
inaugurou a fábrica que vai fazer as estruturas de metal para quatro
submarinos de ataque convencionais Scorpene e um submarino alimentado
por um reator nuclear desenvolvido inteiramente pelo Brasil.
Os submarinos serão feitos pela
construtora de navios francesa DCNS em uma joint venture com a
brasileira Odebrecht na base da Marinha na baía de Sepetiba, sul do Rio
de Janeiro.
O programa de 7,8 bilhões de reais vai
entregar o primeiro submarino convencional em 2015 e o submarino de
propulsão nuclear ficará pronto em 2023 e entrará em operação em 2025,
após dois anos de testes, informou a Marinha do Brasil em comunicado.
Os submarinos são uma parte fundamental
do esforço do Brasil para construir uma Marinha moderna, que possa
defender seu petróleo e os interesses comerciais no Atlântico Sul, uma
região há muito dominada pelas Marinhas britânica e norte-americana. É
também um renascimento do desenvolvimento nuclear militar brasileiro,
que foi interrompido em 1990 com o fim do programa de bomba atômica do
país.
Dilma indicou, em seu discurso, que a
construção de um submarino nuclear coloca o Brasil mais próximo de
alcançar o objetivo de conquistar uma vaga permanente no Conselho de
Segurança da ONU, um grupo ao qual o país aspira se juntar.
"Podemos dizer que, de fato, com
ela nós entramos no seleto grupo que é aquele dos integrantes do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, únicas nações que têm acesso ao
submarino nuclear, Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia",
disse Dilma em discurso na cerimônia de inauguração da fábrica.
"Acredito que nós podemos afirmar com orgulho que o programa de desenvolvimento de submarinos é uma realidade", acrescentou.
EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China
são os únicos países com capacidade para construir submarinos
nucleares. A Marinha indiana tem um submarino de ataque de propulsão
nuclear, o INS Chakra, que foi arrendado da Rússia, e a Índia está
construindo um submarino nuclear com tecnologia própria que deve estar
em funcionamento até 2015.
Segundo Dilma, apesar de o Brasil viver
em profunda paz com todos os vizinhos e de não fazer disputas bélicas,
existe a consciência de que o mundo é complexo, e que o Brasil assumiu
nos últimos anos uma extrema relevância.
"Isso (ser pacífico) não nos livra de
termos uma indústria da defesa e termos toda uma constribuição a dar na
garantia de nossa soberania e nos inserirmos cada vez de forma mais
pacífica... no cenário internacional", disse.
A Marinha do Brasil salientou que o
sistema de propulsão nuclear será construído com tecnologia inteiramente
nacional, que não foi transferida pela França.
"Eu gostaria de louvar um fato que é
muito importante. Uma indústria da defesa, como disse o ministro (da
Defesa) Celso (Amorim), é uma indústria da paz. Mas eu acho que a
indústria da de defesa é sobretudo uma indústria do conhecimento. Aqui
se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso de difundir
tecnologia. É isso que em outros países a indústria da defesa faz",
acrescentou Dilma.
TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA
O programa de submarino Brasil-França foi
acertado em 2008 pelos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e
Nicolas Sarkozy, e é o projeto de defesa mais caro do Brasil.
"É um programa importante porque é
necessário que o Brasil modernize sua estrutura de defesa", disse o
deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), membro da Comissão de Relações
Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara.
"Nós estamos há muitos anos sem fazer
investimentos. Temos um dos maiores litorais do mundo e precisamos ter
mecanismos para fazer a defesa e a vigilância desse litoral, e os
submarinos são uma grande peça de defesa dos oceanos."
A Força Aérea Brasileira (FAB)
também está buscando renovar sua frota com a compra de 36 caças, num
contrato de defesa avaliado em 4 bilhões de dólares inicialmente. A
Boeing Co., a francesa Dassault Aviation e a sueca Saab AB estão na
disputa pelo acordo.
O Brasil tem insistido na máxima
transferência de tecnologia em tais contratos militares para melhorar
sua indústria de defesa privada que se tornou um importante exportador
de armas.
"Nós temos, por parte do povo brasileiro,
a missão de garantir e assegurar que de fato essa tecnologia nos seja
transferida conforme o contrato", afirmou Dilma sobre o acordo com a
França a respeito dos submarinos.
Na quarta-feira, a unidade de
defesa da Embraer ganhou seu primeiro contrato militar dos EUA para a
venda de 20 aviões leves de ataque Super Tucano, para uso na
contra-insurgência no Afeganistão.
"Foi um certificado de qualidade" para a industria nacional de defesa, disse Amorim.
Por Anthony Boadle - Reuters
A presidenta tem que comprar logo os caças Russos su-35 e outros equipamento Russos. e dá um ponto final a essa novela na compra dos caças.
ResponderExcluirMeus Caros Brasileiros
ResponderExcluirVejo que realmente, um país sem forças armadas capazes é facilmente pressionavel.
Mas deixe-me dizer-lhes, que sem educação de qualidade, e não digo somente universidades, mas o ensino fundamental, nunca, mas mesmo nunca sairemos da cepa torta, pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
E este obejtivo de educação é uma meta que leva 50 anos a dar resultados.
Veja-se o que esta acontecento em todo o Brasil, com a violencia impossivel de ser suportada em São Paulo ( onde badidos sequestram toda uma sociedade, pelo medo ).
Eu não digo, como uns ingenuos dizem para não se gastar em forças armadas, mas se deve dar atenção a corrupção que existe no Brasil em:
* POLITICOS ( BRASILIA NO CONGRESSO NACIONAL / ESTADUAL / MUNICIPAL / ETC ..)
* NOS TRIBUNAIS, VOCES SABEM DO QUE FALO
* NAS POLICIAS
* ETC.........
A corrupção está entranhada no Brasil, do alto para baixo.
Não é de espantar que O POVÃO veja tudo isto, e diga:
SE ELES PODEM, EU TAMBEM POSSO.
Vivi 23 anos na Europa, mas sempre acompanhei a evolução do Brasil.
Vejo um país fraco, que não é levado a sério no exterior.
Sou engenheiro civil, vejo coisa absurdas, que não sei como não doem ao comum cidadão.
Temo muito pelo Brasil, muito mesmo, seremos comidos vivos pelos europeus , japão e Eua.
Será que eu , aos 50 anos, ainda verei meu país se desenvolver no CIVISMO ?
Será que o Brasil se vai mesmo desenvolver, ou vai continuar a TORRAR dinheiro em ESTADIOS DE FUTEBOL E OLIMPIADAS ?
Vi isto em Espanha e Portugal, agora estes maravilhosos países estão falidos.
Será que verei o mesmo no Brasil ?
Só com educação, que leva 50 anos a dar resultados, mudaremos o paradigma do Brasil de não ser levado a sério.~
Charles de GOULE, EM 1955 JÁ DIZIA, 8 isto não é um país serio ).
Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil
Cidadão Brasileiro preocupado com o Brasil