31/10/2015

Defesa exonera comandante militar que criticou o governo


O Ministério da Defesa exonerou do Comando Militar do Sul o general Antônio Mourão. O motivo: críticas que fez ao governo Dilma Rousseff e pelo fato de que uma homenagem póstuma a um chefe da repressão na ditadura ocorreu em um quartel sob sua jurisdição. 

Mourão é um dos mais respeitados comandantes militares do Exército, e foi transferido para a Secretaria de Finanças, um cargo burocrático em Brasília. A mudanças foi incluída num pacote amplo de remanejamentos de postos militares, mas foi a única motivada por evento político. A Folha não conseguiu contato com ele. 

No dia 17 de setembro, Mourão havia dito em uma palestra em Porto Alegre que "a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões". 

Além disso, ao comentar a possibilidade de impeachment de Dilma, ele afirmou que "a mera substituição da PR [presidente da República] não trará mudança significativa no 'status quo'" e que "a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção".
O caso foi revelado pelo jornal "Zero Hora", e detalhado pela Folha há dez dias. 

Para piorar a situação de Mourão, que não comentou as afirmações, um general sob seu comando promoveu uma homenagem póstuma ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra na segunda (26). 

Morto no dia 15 deste mês, Ustra foi chefe do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura e repressão aos adversários do regime militar (1964-85). 

Ustra era de Santa Maria (RS), onde ocorreu a homenagem no quartel da 3ª Divisão do Exército. O convite para o evento, datado do dia 23, foi assinado pelo comandante da unidade, general José Carlos Cardoso. 

Segundo a Folha apurou, o ministro Aldo Rebelo (Defesa) avisou previamente a presidente da medida. Para o ministro, Mourão perdeu a condição de comando com a sequência de fatos. A exoneração será um teste político para Aldo, que é do PC do B, partido que notabilizou-se durante a ditadura por promover uma guerrilha contra o governo militar.


Fonte: Folha de S. Paulo

4 comentários:

  1. A palavra de um general que traduz os sentimentos e os fatos verdadeiros que ocorrem em nosso pais, é motivo de punição? Lamentável! Esta horda de políticos incompetentes, amorais, e sem ética, é que deveriam ser punidos. Este pais caminha para a ingovernabilidade total. A incompetência administrativa e a corrupção assolam a nossa pátria amada! Bravo General!

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  2. INFELIZMENTE QUEM ESTA GOVERNANDO A "NACAO BRASILEIRA" E A "C.I.A." E A "MOSSAD", APESAR DE HAVER "CONFLITOS DE INTERESSE" ENTRE OS GOVERNOS QUE AS REPRESENTAM, AINDA ASSIM, ELAS SE ENTENDEM BEM E TRABALHAM EM CONJUNTO, POREM, QUEM MANDA MESMO E A "C.I.A." .

    TODAS AS FALCATRUAS QUE ESTA "CORJA" QUE GOVERNA O BRASIL HOJE COMETEU, ESTAO GRAVADAS, FILMADAS, O PESSOAL DA "C.I.A." SABE ONDE ESTA O DINHEIRO DESTES CORRUPTOS, QUANTO ELES POSSUEM, AS CONTAS EM "PARAISOS FISCAIS" ESTAO TODAS DEVIDAMENTE IDENTIFICADAS, LOGO, O "GOVERNO DO PT" JA SE TORNOU REFEM DOS E.U.A., SAO OS AMERICANOS QUEM ESTAO GOVERNANDO O BRASIL DE FATO, E SERA MUITO DIFICIL MUDARMOS O "STATUS-QUO"! EU SOU ISRAELENSE E BRASILEIRO, EU SEI O QUE EU ESTOU AFIRMANDO!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. É lamentável a postura do Governo brasileiro em relação as afirmações do General Antônio Mourão, pois se traduz em uma patente retaliação que nada mais é do que CENSURA, pois todos temos a liberdade de expressar nossas opiniões, que no caso em tela, se coaduna com a da maioria dos brasileiros, o PT quer impor uma ditadura por meio do exercício do poder, obrigando os servidores públicos federais a se manterem sempre com um falso posicionamento de apoio a sua política auto destrutiva....
    O povo brasileiro já não é tão desprovido de senso crítico, somos um povo politizado, e que merecemos a dignidade de não depender de programas sociais para esmoler, como os pró etc. Minha casa minha vida, para servirem de mordaça destinada a sufocar o grito de revolta de nossa nação, diante de tanta corrupção, desonestidade e mentiras.

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