Formosa (GO), 05/08/2015 - O Exército Brasileiro utilizará a artilharia antiaérea para proteção de estruturas estratégicas durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. A informação foi dada pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, hoje (05) durante exercício de tiro no campo de instrução de Formosa (GO), situado à 80 km de Brasília.
"O Exército está equipado com o que há de mais moderno. Essas baterias antiaéreas estarão à disposição para a proteção de estruturas durante os Jogos Olímpicos", informou o ministro.
Wagner chegou ao campo acompanhado do comandante do Exército, general Eduardo Dias Villas Bôas, e dos comandantes militares do Planalto, general Racine Bezerra Lima Filho, e do Sudeste, general João Camilo Pires de Campos, além da secretária-geral do Ministério da Defesa, Eva Chiavon, do secretário de Produtos de Defesa (SEPROD), Murilo Barboza e do comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, general João Chalella.
Campo de instrução
O campo de instrução é um local descampado que serve de treinamento para a artilharia antiaérea da Força Terrestre. Depois de ser apresentado aos militares, o ministro recebeu as informações do programa de Defesa Antiaérea e conheceu os mais importantes equipamentos da artilharia, como mísseis e radares.
Numa das barracas, o general Racine mostrou para o ministro a estrutura do Comando Militar do Planalto (CMP) e o projeto Astros 2020, bem como a área de treinamento de Formosa. Segundo general Racine, o equipamento “tem elevado potencial de exportação”.
Após percorrer a exposição como tanques, mísseis e radares, o ministro se deslocou ao campo de treinamento, onde foram feitas demonstrações com diversos armamentos. Aproveitando a presença do ministro, houve apresentação do Astros 2020, com 80% de tecnologia nacional e que estará à disposição da Força Terrestre nos próximos anos.
Foram feitos disparos com mísseis SS 30, SS 40 e SS 60. Logo em seguida, houve demonstração do equipamento Igla-S de fabricação russa, do RBS 70, de origem sueca e do Gepard alemão.
O comandante Militar do Sudeste, general Campos, explicou ao ministro as diversas atividades da Escola de Fogo de Instrução da Primeira Brigada de Artilharia Antiaérea. Depois, Wagner se deslocou até o caminhão de lançamento do SS 40 e promoveu um disparo. A sequência de tiros transcorreu com elevado índice de acerto dos alvos representados drones e birutas.
Ao término, Wagner avaliou exercício como importante para a Força Terrestre. “A gente espera nunca precisar utilizar em guerra. Mas, estamos preparados, pela grandiosidade do nosso país, pelo potencial que ele representa, com o chamado poder de dissuasão. Ou seja, as pessoas ou qualquer aventureiro que saiba que nós temos esses equipamentos e esse treinamento que qualifica nosso pessoal não vai querer se arriscar”, destacou.
Wagner explicou que o projeto de Formosa é mais amplo. Até se chegar ao modelo ideal, “pretendemos ter aqui um centro de logística mais ampliado”.
Ao longo desta semana, cerca de 700 militares da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea continuarão participando do exercício no campo de instrução em Formosa.
Fotos: Gilberto Alves
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)Ministério da Defesa