28/07/2015

Brasil formaliza fim do acordo com a Ucrânia para lançamento de foguetes


Fracasso do programa deixa um prejuízo de R$ 1 bilhão para os dois governos. 

 O Brasil formalizou, nesta segunda-feira (27), o fim do acordo com a Ucrânia para o lançamento de foguetes e satélites. O fracasso do programa deixa um prejuízo de R$ 1 bilhão para os dois governos.

O acordo de cooperação Brasil-Ucrânia previa o lançamento comercial de satélites de uma base que seria construída em Alcântara, no norte do Maranhão.

 Os foguetes construídos na Ucrânia viriam de navio, mas o cais nunca saiu do papel. Uma empresa binacional chegou a ser criada em 2006, a Alcântara Cyclone Space. O primeiro lançamento levaria para o espaço um satélite de coleta de dados ambientais. 

Brasil e Ucrânia investiram R$ 1 bilhão no Cyclone 4. O foguete deveria ter sido lançado em novembro de 2013. O fim do acordo adia, mais uma vez, o sonho brasileiro de pôr em órbita um satélite, de uma base no Maranhão.

A parceria com os ucranianos daria novo impulso ao programa espacial brasileiro, após a explosão do VLS, em 2003, quando 21 técnicos morreram no centro de lançamento de Alcântara.

O fim do acordo foi publicado nesta segunda-feira (27) no Diário Oficial da União, pelo motivo de desequilíbrio na equação tecnológico-comercial. Mas a parceria já vinha dando sinais de que não seria concluída.

As obras de infraestrutura foram abandonadas. O material que deveria ter sido usado na construção virou uma montanha de entulhos.

"O Brasil procura acordos comerciais para lançamento de satélites com todos os países, buscamos esse com a Ucrânia e vamos continuar buscando estamos buscando com os Estados Unidos, com a Europa, com a China, com a Rússia. E, o Brasil procura fazer esses acordos com todos os países que tenham tecnologia espacial", diz Aldo Rebelo, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O governo da Ucrânia declarou que lamentou a decisão e que considera que, no Brasil,  houve falta de vontade política e impossibilidade de cumprir as obrigações financeiras.

 Fonte: G1

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