Brasília, 09/12/2014 – Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reafirmou nesta terça-feira o acerto do Governo Federal na escolha dos 36 caças Gripen NG para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo Amorim, as aeronaves fabricadas pela empresa sueca Saab foram escolhidas, no âmbito do projeto F-X2, por critérios técnicos, como performance e transferência de tecnologia, e de preço – estes últimos associados aos custos de aquisição e manutenção.
“Mesmo com o reajuste, o Gripen saiu mais barato e vantajoso do que as demais opções”, disse o ministro, ao explicar por que, durante as negociações, o valor ficou cerca de R$ 1 bilhão acima do previsto inicialmente.
“A Estratégia Nacional de Defesa, além disso, diz que o fator decisivo para aquisição deve ser a menor dependência possível do fornecedor. E, nesse sentido, teremos propriedade intelectual e transferência de tecnologia”, argumentou, ao defender a escolha do Gripen.
Segundo Amorim, novas aeronaves da FAB vão gerar menos dependência do fornecedor e mais empregos de alta qualidade no Brasil - Foto: Jorge Cardoso |
Segundo Amorim, como as negociações para reequipar a FAB datam de alguns anos, foi preciso recalcular os custos dos novos aviões a partir das condições econômicas atuais. “O projeto F-X2 é parte de um conjunto de ações para proteção do espaço aéreo. Desde 1995, a Aeronáutica tem procurado um novo tipo de caça multiemprego. Os Gripen serão importantes para capacitar a indústria aeroespacial brasileira”, disse.
O ministro da Defesa explicou que o reajuste nos valores da proposta inicial foi influenciado também por fatores de natureza tecnológica, até mesmo para incorporar maior participação da indústria brasileira no projeto. “Não adianta você pagar mais barato, para pagar para fora. O que a gente quer é criar emprego – emprego de alta qualidade – no Brasil”.
De acordo com o processo de fabricação definido pela FAB, 13 caças vão ser desenvolvidos na Suécia, com o acompanhamento de engenheiros brasileiros; oito deles serão feitos também na Suécia sob a coordenação de brasileiros supervisionados por suecos; e os 15 restantes terão construção e montagem no Brasil. Ao todo, 160 profissionais brasileiros, entre técnicos e engenheiros, estarão no país europeu envolvidos na iniciativa e absorvendo conhecimentos.
O ministro fez a defesa da aquisição dos caças suecos na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, onde participou de audiência pública. Estiveram também no evento o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, e o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
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