15/10/2013

F-X2: Delegação russa chega ao País para negociar caças


 Uma delegação de ministros e técnicos da Rússia desembarcou nessa segunda-feira, 14, no Brasil para negociar o contrato de compra pelo Exército dos sistemas de defesa antiaérea Pantsir S1 e Igla 9K38, de porte individual - negócio avaliado em mais de US$ 1 bilhão. De quebra, o grupo quer apresentar uma proposta para a venda de 36 caças supersônicos Sukhoi-35, os mais avançados do arsenal russo.



A oferta seria feita por fora da escolha F-X2, aberta em 2006 pelo Ministério da Defesa para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) e ainda sem definição de escolha. As empresas finalistas no processo são três - uma dos Estados Unidos, uma da França e outra da Suécia. 


A ofensiva russa terá um diferencial em relação aos concorrentes: ela inclui a possibilidade de fabricação inteiramente no território nacional, em sistema de coprodução - primeiro os Su-35 e depois a futura geração de caças furtivos, os Pakfa/T-50, quinta geração de aviões militares da companhia Sukhoi. O problema é que a inclusão dos russos no procedimento só seria possível com o cancelamento da F-X2 e a abertura de uma F-X3, acarretando enorme desgaste diplomático e de credibilidade para o País.


 A informação foi obtida pelo Estado de uma fonte diplomática brasileira envolvida nas negociações, reveladas também por reportagens da agência de notícias Ria-Novosti e pelo jornal Kommersant, ambos da Rússia.

Até aqui, a escolha F-X2 era disputada por três concorrentes: Rafale, da francesa Dassault, F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e Gripen NG, da sueca Saab. Decisão demorada. Em 2008, o Ministério da Defesa afastou três outros concorrentes: F-16 Falcon, da americana Lockheed-Martin, o Eurofighter Typhoon, do consórcio Eurofighter, e o Su-35 Super Flanker, da russa Sukhoi.



Com a demora na decisão brasileira, os russos voltaram à ofensiva e decidiram oferecer o caça ao Brasil em novas condições. A delegação, comandada pelo ministro da Defesa, Sergei Choigou, e por seu adjunto, Anatoli Antonov, chegou ontem a Brasília e permanece até o dia 17 na América Latina, passando também pelo Peru, que está comprando de Moscou tanques pesados, blindados e helicópteros. 

Enquanto estiver no País, a delegação russa terá encontros com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi. O grupo quer também um encontro direto com a presidente Dilma Rousseff.
A oferta russa inclui a venda dos Su-35 Brasil e a criação de uma joint venture russo-brasileira, para a construção em território nacional da nova geração de caças Sukhoi, o T-50. O projeto já é alvo de uma parceria com a Índia.

De acordo com a agência de notícias russa Ria-Novosti, um membro da delegação destacou que "quando das negociações no Brasil, nós estaremos prontos a oferecer não só a compra dos modernos Su-35, construídos pela Sukhoi, mas também a construção em conjunto dos caças ultrassofisticados T-50".

Fonte: Estadão.com.br

Errata: O F-X2 foi lançado em maio de 2008 e não em 2006 como afirmado no texto. 

6 comentários:

  1. Seria muito bom ver esse caça no Brasil e termos no futuro um caça de 5º geração. Os russos tem tecnologia, armamento que põe respeito e querem fazer a parceria com nosso país. Está na hora do Brasil acordar e realmente levar a sério a nossa defesa territorial. Temos uma força humana espetacular, mas falta equipamento pra corresponder aos nossos pilotos.

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  2. Depois de tanto estudo e trabalho, a sra. presidente, desmonta toda o projeto da FAB e trás um vetor que embora totalmente conforme com a moderna guerra aérea, não está adequado ao know how e principalmente com a infraestrutura e doutrina da força aérea. O Brasil tem que projetar, errar e projetar de novo, até adquirir a sua tecnologia.Mais uma bola fora deste lamentável circo governamental.

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  3. O negócio é aparentemente tão bom e é tudo que o Brasil precisa que está arriscado a este governo não aceitar;;;

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  4. Anônimo, você quer que o Brasil espere quantos séculos para ter uma tecnologia que sirva para algo que preste ? Você acha que aquela turbina a jato dita 100% nacional vai evoluir rapidamente para algo capaz de propulsar um caça tipo Su-35BM ou T-50 ? Você espera,sinceramente,que os americanos nos chamem para sócios de igual para igual no JSF ou Raptor ? Você por acaso não ouviu falar do vídeo,no Youtube,apresentado por um Brigadeiro-Engenheiro,numa palestra no ITA,sobre como os americanos REALMENTE nos tratam na hora de vender material militar e tecnologias aeronáuticas de ponta ?

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    1. Coloca o link desse vídeo do Youtube, para que possamos ver também.

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  5. Acabem logo com esse FX2, compre em leasing entre 12 a 16 Su35 e já entre no projeto do T50 o quanto antes. Proposta igual a esta não tem e os concorrentes do FX2 pensam primeiramente nos controlar com as tecnologias vendidas por eles!

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