10/04/2012

EUA pedem que Coreia do Norte não realize teste nuclear


WASHINGTON, 9 Abr (Reuters) - Os Estados Unidos fizeram um alerta à Coreia do Norte nesta segunda-feira para que não realize um teste nuclear nem lance propulsores para colocar um satélite em órbita, e pediram à China que exerça sua influência sobre o país vizinho a fim de evitar tais "ações provocativas".

A Coreia do Norte, que diz ter a intenção de colocar um satélite em órbita para celebrar o centenário do fundador do país, Kim Il-sung, estaria também preparando o terceiro teste de seu arsenal nuclear, informou a imprensa sul-coreana neste domingo, citando fontes de inteligência.


A realização desse teste, que, segundo a agência de notícias Yonhap aconteceria no mesmo lugar dos dois primeiros, certamente assustaria outros países da região e enfureceria o Ocidente, que há anos tenta conter as ambições nucleares norte-coreanas.

O Departamento de Estado dos EUA repetiu seu conselho à Coreia do Norte para que não lance um satélite, alegando que isso violaria resoluções do Conselho de Segurança da ONU e um acordo de desnuclearização acertado em 29 de fevereiro.

"Nossa posição continua sendo: não façam isso", disse a porta-voz do departamento norte-americano, Victoria Nuland. O lançamento de um míssil pela Coreia do Norte seria altamente provocador, constituiria uma ameaça à segurança regional, e seria inconsistente com seus recentes compromissos de evitar qualquer tipo de lançamento de míssil de longo alcance."

Nuland disse a jornalistas que um terceiro teste nuclear norte-coreano "seria igualmente ruim, ou até pior".
Ela não quis comentar se os EUA também têm razões para acreditar que Pyongyang estaria preparando um teste nuclear, pois afirmou que não iria discutir questões de inteligência.

A Coreia do Norte, que há três anos abandonou negociações multilaterais que poderiam levar a contrapartidas políticas e econômicas em troca do fim do seu programa nuclear, decidiu em fevereiro interromper seus testes nucleares, o enriquecimento de urânio e os lançamentos de mísseis de longo alcance.

Isso permitiria o envio de ajuda alimentar e uma eventual retomada das negociações. Mas o acordo foi violado com o anúncio norte-coreano de que o país pretende lançar um foguete para colocar um satélite em órbita, provavelmente no período que vai de quinta-feira até a próxima segunda.
Pyongyang diz que não há motivo para preocupações, mas Coreia do Sul e EUA dizem que o lançamento na verdade encobre o teste de um míssil balístico.

Os EUA pediram que a China, praticamente o único aliado relevante do regime norte-coreano, exerça sua influência, algo que Nuland reiterou na segunda-feira.

"Acreditamos, em particular, que a China se juntará a nós no interesse de ver uma península coreana desnuclearizada, e seguimos estimulando a China a agir de forma mais efetiva por esse interesse", afirmou a porta-voz Victoria Nuland.

Fonte: Reuters Brasil

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