29/02/2012

Governo indiano busca novas aeronaves de patrulha marítima de médio alcance, e Embraer poderá estar no páreo




Embraer P-99

O governo indiano finalmente aprovou a proposta naval para adquirir nove avançadas aeronaves de reconhecimento marítimo de médio alcance (MRMR), que custarão mais de US$ 1 bilhão, para garantir que o Oceano Índico possa ser protegido contra ameaças convencionais e terroristas.

Estes aviões MRMR serão adicionais aos 12 aviões de longo alcance (LRMR) que já estão sendo adquiridos para a Marinha, num preço de US$ 3,1 bilhões. Depois de assinar o primeiro contrato de US$ 2,1 bilhões em 2009 para oito aeronaves P-8I LRMR da Boeing, que devem ser entregues entre 2013-2015, o Ministério da Defesa está agora finalizando o negócio adicional para mais quatro aviões deste tipo.


O projeto MRMR recebu a “aceitação da necessidade” do Conselho de Aquisições de Defesa, presidido pelo Ministro de Defesa AK Antony, na semana passada, disseram fontes. Várias grandes empresas de aviação globais, que vão desde as norte americanas Boeing e Lockheed Martin, passando pela sueca SAAB, a francesa Dassault Aviation, e a europeia EADS, até a brasileira Embraer estão na disputa para este grande contrato.

Os aviões MRMR equipados com radar, bem como os LRMR, serão armados com mísseis, foguetes e torpedos para a guerra anti-navio e guerra anti-submarino. Com um alcance de mais de 350 milhas náuticas, os aviões multi-missão MRMR serão os “olhos e ouvidos inteligentes da Marinha” sobre o Oceano Índico, num alcance médio.

Enquanto os P-8Is, com um alcance de cerca de 1.200 milhas náuticas, vão patrulhar a camada mais externa da grade de vigilância marítima de três camadas da Índia, os drones de espionagem israelenses, como o Heron e Searcher-II, bem como as aeronaves Dorniers, compõem a camada mais interna.

A Índia está realmente intensificando a aquisição de seus meios aéreos navais, bem como navios de guerra para cuidar de sua principal área de interesse estratégico que se estende do Golfo Pérsico até o Estreito de Malaca. O país tem uma vasta costa de 5.422 km, 1.197 ilhas e 2,01 milhões de quilômetros quadrados da Zona Econômica Exclusiva para proteger contra todas as ameaças.

Índia vai gastar em torno de US$ 17,3 bilhões apenas na aviação naval ao longo dos próximos anos, disseram as fontes. Isso inclui os contratos já assinados de cerca de US$ 5,7 bilhões, com mais 16 a 17 propostas concretas no valor de cerca US$ 3,66 bilhões em vista.

Isto inclui a introdução contínua de 45 caças MiG-29K, contratados da Rússia por cerca de US$ 2 bilhões, que irão operar a partir de ambos os remodelado porta-aviões de 44.570 toneladas INS Vikramaditya (Almirante Gorshkov) e 40 mil toneladas nacional que está sendo construído em Kochi.

E ainda, a norte americana Sikorsky com seu helicóptero S-70B Seahawk e a europeia NH Industries com o NH90 estão batalhando após os testes em campo para pegar mais um contrato inicial de US$ 407 milhões para 16 helicópteros multi-função. A Marinha, na verdade, está procurando empossar cerca de 90 helicópteros deste tipo, tanto para combate como capacidade de busca e resgate, para substituir seus helicópteros mais antigos Sea King.




Fonte: Times of India via Cavok — Tradução e Adaptação do texto: Cavok

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