Coreia do Norte reage aos exercícios militares conjuntos que vão acontecer em março.
A
Coreia do Norte ameaçou hoje lançar "ataques preventivos" perante
qualquer tentativa de acabar com o regime de Kim Jong-un, numa
referência aos exercícios militares conjuntos que Seul e Washington vão
realizar no próximo mês.
Em comunicado,
o comando supremo do exército da Coreia do Norte garantiu que vai
entrar "em modo preventivo para fazer recuar as forças inimigas, se
houver o mais pequeno sinal de operações especiais".
O
aviso, publicado em inglês pela agência estatal norte-coreana KCNA,
garantiu que os "principais objetivos" do exército norte-coreano serão o
gabinete e a residência oficial da Presidente da Coreia do Sul, Park
Geun-hye.
Seul e Washington vão
realizar o maior dos exercícios militares conjuntos até final do próximo
mês, num momento de tensão na península da Coreia, na sequência de um
teste nuclear, em janeiro, e do lançamento de um foguetão espacial,
realizados por Pyongyang.
A 06 deste
mês, a Coreia do Norte lançou o que afirmou ser um foguetão para colocar
um satélite no espaço, mas que a comunidade internacional considerou
tratar-se de um teste de um míssil de longo alcance.
Nas
manobras militares conjuntas deste ano, em território sul-coreano, vão
participar cerca de 15 mil soldados norte-americanos, quase o dobro dos
que participaram no ano passado, de acordo com a agência noticiosa
sul-coreana Yonhap.
Os dois aliados
realizam anualmente, entre março e abril, desde a década de 1990, estes
exercícios militares conjuntos, denominados 'Key Resolve' e 'Foal
Eagle', para melhorar a capacidade de defesa perante a Coreia do Norte.
O
regime norte-coreano considera estas manobras um exercício de tentativa
de invasão, e a sua realização resulta sempre num aumento da tensão na
zona.
As duas Coreias continuam
tecnicamente em guerra, desde o fim do conflito de 1950-53, que terminou
com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.
Fonte: DN