A Suécia quer provar que suas promessas de parcerias empresariais e de transferência de tecnologia com o Brasil vão além de mera retórica diplomática e comercial. Ações concretas foram iniciadas para mostrar que há mais do que intenções. Um dos principais incentivadores dessa nova “ofensiva” — iniciada no século passado com a instalação de várias companhias suecas no Brasil — é a fabricante de aeronaves Saab. A empresa decidiu apostar em projetos com companhias nacionais e liderar, com um investimento de US$ 50 milhões nos próximos cinco anos, a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico aberto a universidades e empresas de ambos os países.
“No Brasil, buscamos mais do que clientes, queremos parceiros”, disse ao Correio o diretor executivo da divisão de aviões da Saab, Håkan Buskhe. Ele está à frente de uma das propostas para a bilionária venda de 36 aviões caças-bombardeiros à Força Aérea Brasileira
(FAB). Os seus Gripen NG disputam com os franceses Rafale, da Dassault, e com os Super Hornet F/A-18, da Boeing, dos Estados Unidos. Buskhe ressaltou que é muito importante vencer essa concorrência, mas que, tão relevante quanto isso, é firmar no país uma base adequada aos interesses da empresa. Segundo ele, o território brasileiro é uma excelente porta de entrada para a ampliação dos negócios na América Latina e em outros países emergentes.
(FAB). Os seus Gripen NG disputam com os franceses Rafale, da Dassault, e com os Super Hornet F/A-18, da Boeing, dos Estados Unidos. Buskhe ressaltou que é muito importante vencer essa concorrência, mas que, tão relevante quanto isso, é firmar no país uma base adequada aos interesses da empresa. Segundo ele, o território brasileiro é uma excelente porta de entrada para a ampliação dos negócios na América Latina e em outros países emergentes.
Assim, mesmo sem contrato com a FAB, a Saab não só começou a buscar sócios para futuros trabalhos em alguma das áreas em que atua — segurança e defesa, radares e integração de sistemas para transferência de dados, por exemplo — como iniciou alguns projetos. “Fomos encarregados de desenvolver partes da fuselagem e das asas do Gripen NG, e participaremos na preparação do Sea Gripen (versão do jato para porta-aviões)”, revelou o diretor executivo da desenvolvedora brasileira de aeroestruturas Akaer, César Silva.
Nos últimos três anos, as duas empresas investiram US$ 10 milhões em operações associadas, dos quais US$ 7,5 milhões dos suecos. Os recursos foram destinados à preparação da infraestrutura para a atividade conjunta na empresa localizada em São José dos Campos.
Fonte: Correio Braziliense