Durante uma videoconferência com as tropas espanholas no exterior com motivo da celebração da Festa Nacional, a ministra de Defesa, Carme Chacón, confirmou que os aviões de combate regressarão no próximo sábado ao país.
Os F-18 voltarão nesta semana, mas permanecerão preparados perante qualquer eventualidade que possa ocorrer em território líbio e que fizesse aconselhável sua volta à missão se assim o requer a OTAN, esclareceu a ministra militar.
No terreno de operações se manterão os dois aviões de reabastecimento em voo, uma fragata e uma aeronave de vigilância marítima que garantem a aplicação do embargo de armas decretado pelas Nações Unidas à Trípoli.
Chacón precisou, também, que o submarino espanhol mobilizado por seu país nesta operação internacional deixará de patrulhar.
No último mês de março, o Congresso dos Deputados (Câmera baixa) concordou com a participação de uns 500 militares da Espanha no conflito bélico contra a nação magrebe.
Durante uma reunião da OTAN celebrada em junho passado em Bruxelas, a ministra de Defesa descartou a possibilidade de que os quatro caças bombardeiros espanhóis se envolvessem diretamente nos crescentes bombardeios contra o território líbio.
Então enfatizou que sua ação se limitava a preservar a zona de exclusão aérea imposta pela ONU sobre os céus do país norte-africano.
A decisão do Governo de José Luis Rodríguez Zapatero de apoiar a agressão à Líbia foi recusada desde o início pela coalizão Esquerda Unida (IU), terceira força política em votos da Espanha.
O porta-voz da IU na Câmera baixa, Gaspar Llamazares, deplorou que o dirigente Partido Socialista Operário Espanhol tenha mudado a postura com a qual assumiu o poder em 2004, ao passar da rejeição à guerra no Iraque a promover esta cruzada.
Na opinião de Llamazares, com seus ataques contra a Líbia, o Ocidente tem extrapolado no mandato da resolução do Conselho de Segurança da ONU, concebida apenas para estabelecer uma zona de proibição ao sobrevoo de aviões.
Fonte: Prensa Latina