Exercício acontece entre a costa do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro
A partir deste sábado (14/11) até o próximo dia 22, caças da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) vão treinar juntos em combates aéreos simulados. O exercício UNITAS acontece durante a passagem pela costa brasileira do porta-aviões norte-americano USS George Washington, que está em deslocamento do Sul para o Sudeste do Brasil, contornado o continente Sul-Americano durante viagem do Japão até a costa leste dos Estados Unidos.
Na
parte aérea, do lado norte-americano, vão participar caças F-18E/F
Super Hornet e F-18C/D Hornet, além de aviões-radar E-2 Hawkeye. Todos
vão operar a partir do porta-aviões USS George Washington.
O
cenário dos combates aéreos consiste em caças brasileiros A-1
realizarem missões de ataque a alvos fictícios, tanto no continente
quanto no mar, com a proteção dos F-5M, enquanto os F-18
norte-americanos vão tentar impedí-los. Em dias alternados, os papéis
vão se inverter: os F-18 farão a escolta dos A-1 e os F-5M farão o papel
de força oponente.
O
planejamento prevê simulações de combate na chamada arena BVR (Beyond
Visual Range), quando os caças identificam seus alvos pelo radar e
lançam seus mísseis antes mesmo de enxergarem os oponentes, e também na
arena WVR (Whitin Visual Range), quando são empregados mísseis de curto
alcance e canhões. Os treinamentos vão ocorrer em áreas do espaço aéreo
onde já acontecem missões de rotina da FAB, sem interferência para a
aviação comercial.
Cooperação internacional
"É
uma oportunidade de se aproximar e exercitar de maneira colaborativa
nossas habilidades em um ambiente naval de desafios crescentes", afirmou
em comunicado oficial o Contra-Almirante George Ballance, comandante da
Quarta Frota da US Navy. Segundo ele, um exercício como a UNITAS é uma
oportunidade de aprendizado. "A participação do USS George Washington e
de sua ala aérea neste ano faz desta uma das maiores UNITAS dos últimos
tempos", disse.
De acordo com o Brigadeiro Riomar, o exercício UNITAS tem um aumento de complexidade pelo fato de a FAB operar a partir das Bases Aéreas no continente e a US Navy do porta-aviões, o que requer maior atenção no fator coordenação. "Sempre fizemos esses exercícios com as aeronaves de caça operando a partir de uma só Base Aérea, facilitando sobremaneira, a comunicação e, consequentemente, as coordenações no decorrer da execução do exercício”, explica. Nesta quinta-feira (11/12), dois helicópteros Sea Hawk da US Navy pousaram na Base Aérea de Canoas com militares norte-americanos que irão atuar na parte de planejamento dos voos.
Em
três anos, esse é o terceiro exercício da FAB ao lado das forças
armadas dos EUA. Em 2013, em Natal, aconteceu o exercício CRUZEX Flight.
No ano passado, os dois países participaram da terceira edição do
exercício Salitre, realizada na cidade chilena de Antofagasta. Nos dois
casos, os EUA estiveram representados pela sua força aérea, a US
Air Force, com caças F-16.
Air Force, com caças F-16.
UNITAS
A
UNITAS é um exercício realizado pelas marinhas da região desde 1960.
Esta é a edição de número 56, e terá a participação das fragatas
brasileiras Constituição, Liberal e Greenhalgh, do submarino Tapajó e
dos navios-patrulha Gurupá, Babitonga e Amazonas, além de rebocadores e
dos helicópteros UH-12/13 Esquilo e AH-11 Lynx.
Entre
os estrangeiros, além do porta-aviões USS George Washington e seus
navios de apoio, haverá a participação de embarcações do Chile, México,
Peru e Reino Unido. Durante o adestramento, parte do contingente irá
simular uma força inimiga, enquanto os demais vão atuar como uma
coalizão, como pode ocorrer de acordo com as resoluções da Organização
das Nações Unidas.
Fonte: Força Aérea Brasileira