19/12/2013

É que nem Oscar, ganhou ou não ganhou, diz ministro sobre caças



FERNANDA ODILLA


Ao ser questionado quem ficou em segundo e terceiro lugar na disputa pela compra dos 36 caças pela Força Aérea Brasileira, o ministro Celso Amorim (Defesa) desconversou e disse que interessa apenas que os suecos venceram com a melhor proposta de US$ 4,5 bilhões. 
"É que nem Oscar, ganhou ou não ganhou. Não me interessa [saber quem ficou em segundo e terceiro]", afirmou o ministro, se recusando a dizer qual foi a colocação das propostas dos Estados Unidos e da França que perderam a disputa.
O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse que há um acordo de confidencialidade que impede de dar detalhes sobre as propostas. 
Os suecos ofereceram 36 caças Gripen-NG por US$ 4,5 bilhões. Agora, o Brasil vai negociar o contrato e tentar desembolsar esse valor somente depois que todas as aeronaves foram entregues. "Vamos pechinchar ao máximo", avisou Saito. 
Estima-se que será necessário até um ano para fechar todos os detalhes do contrato e mais 48 meses para receber os primeiros caças. O governo brasileiro espera receber 12 aviões por ano.
O Brasil escolheu um avião que ainda não está pronto e será desenvolvido da planta. Segundo Saito, existe apenas um protótipo que acumula mais de 300 horas de voo. "Vamos ter junto com a Suécia propriedade intelectual do avião", afirmou o comandante, emendando que 80% dos caças serão produzidos em território nacional.
Para Amorim, o fato de o Gripen-NG não ser o avião mais testado significa que ele conta com uma tecnologia mais nova e que poderá ser desenvolvida em parceria com o Brasil.
O motor do Gripen é da norte-americana GE. O governo, contudo, não acredita que haverá qualquer tipo de represália ou qualquer tipo de dificuldade no fornecimento das peças.
Amorim também afirmou que os critérios técnicos prevaleceram e não comentou se as denúncias de espionagem contra o Brasil por parte da Agência Nacional de Segurança dos EUA pesou na decisão da presidente.
Enquanto os novos caças não chegam, o Brasil vai fazer a defesa do espaço aéreo com aviões modelo F5 modernizados, segundo afirmou Saito. 

Via NOTIMP

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