07/07/2013

China certifica primeiros pilotos para operarem aviões a bordo de navios-aeródromos


O Liaoning possui rampa tipo sky jump para decolagens curtas sem catapulta (acima) e capacidade CATOBAR (abaixo), fator que permite apenas operações com aviões de combate médios e helicópteros. 


Ivan Plavetz
A China está certificando seus primeiros pilotos militares navais. Esse status vem sendo alcançado depois de um período de treinamentos de 25 dias a bordo do Liaoning, o primeiro navio-aeródromo do país. Durante essa etapa os pilotos executam uma série de operações de decolagem e pouso (touch-and-go) no Liaoning , colocando a China ao lado de um restrito grupo de nações que treinam seus pilotos navais em seus próprios navios-aeródromos.
Segundo a mídia local, cinco pilotos e um número não especificado de oficiais de operações de convoo já foram certificados após checagem e aprovação de suas habilidades nessas funções.

Pilotos militares navais chineses estão sendo certificados após passarem por um período de treinamentos de 25 dias a bordo do Liaoning, o primeiro navio-aeródromo das Forças Armadas da China. Foto Chinese Internet
O modelo de aeronave empregada nesses treinamentos é o Sheniang J-15, uma versão local do avião de combate naval de origem russa Sukhoi Su-33. É oportuno lembrar que, a despeito das queixas dos russos com relação à questão dos direitos intelectuais sobre a tecnologia envolvida no projeto dessa aeronave, os chineses afirmam que o J-15 está sendo produzido com know how totalmente desenvolvido pela engenharia da potência oriental.
No ano passado o governo de Pequim montou uma campanha admin/publicitária em torno dos primeiros voos executados a partir do Liaoning, fabricado na então União Soviética com o nome de Varyag. Segundo fontes chinesas, a intenção é empregá-lo preliminarmente em tarefas de treinamentos de pilotos e tripulações, bem como para formação de doutrinas operacionais.
Durante abril último, um alto-oficial da Marinha da China revelou que há planos para construir um navio-aeródromo maior que o Liaoning, com capacidade para transportar um número maior de aviões de combate. A autoridade acrescentou que a frota comportada pelo futuro navio-aeródromo será composta, além de aviões de combate, por aeronaves de reconhecimento, antissubmarinas, guerra eletrônica, e de asas rotativas.

Um caça naval J-15 no momento do pouso pega o cabo de parada no convés do Liaoning. Catrapo!
Essa força aeronaval demandará navios-aeródromos dotados das capacidades de lançar aeronaves de asas fixas por meio de catapultas e recuperá-las por meio de dispositivo de arrasto (CATOBAR- Catapult Assisted Take-Off But Arrested Recovery). Estados Unidos, França e Brasil são os únicos países do mundo que possuem em operação navios-aeródromos com essa capacidade. O Liaoning conta com rampa tipo sky jumppara decolagens curtas sem catapulta e capacidade CATOBAR, fator que permite apenas operações com aviões de combate médios e helicópteros. Aeronaves de maior porte como o AEW&C  E-2 Hawkeye, da Marinha dos Estados Unidos, entre outras  estrategicamente necessárias e de porte semelhante,  necessitam  de CATOBAR.

Foto Chinese Internet
Fonte: Tecnologia e Defesa

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