10/07/2013

Celso Amorim reconhece vulnerabilidade do país a espionagem


BRASÍLIA – O ministro da Defesa, Celso Amorim, reconheceu na audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado a situação de “vulnerabilidade” na troca de informações oficiais no Brasil, com uma possibilidade real de violação de dados por outros países.
 Segundo Amorim, “estamos ainda na infância, não é nem adolescência” em relação à defesa cibernética. O ministro reclamou veladamente do baixo orçamento do governo federal para os programas de proteção cibernética: menos de R$ 100 milhões previstos no Orçamento da União de 2013.

- A situação em que a gente se encontra hoje é realmente de vulnerabilidade. Por mais que tenhamos proteção dos dados sigilosos pela criptografia, a mera detecção sobre o tipo de contato mantido já é uma informação de valor analítico para um eventual adversário do país – disse o ministro.
Amorim afirmou que o núcleo de defesa cibernética existente no Exército Brasileiro ainda é “jovem”, em funcionamento desde 2011. Depois da divulgação das informações sobre a suposta espionagem do governo dos Estados Unidos no Brasil, o ministro se reuniu com os chefes das Forças Armadas para dimensionar a fragilidade dos dados que circulam no país.
- As reuniões internas com as Forças Armadas servirão para verificar o grau de vulnerabilidade, para saber se dados de interesse militar podem ter sido atingidos de alguma forma. Uma resposta cabal sobre isso será difícil – afirmou Amorim na comissão do Senado.
Segundo ele, as mensagens são criptografadas e, por essa razão, gozam de uma proteção “razoável”. Mas, para o ministro da Defesa, há a necessidade de que as redes de transmissão – todas elas nas mãos de empresas internacionais – contem com tecnologia e serviço brasileiros. Também não há satélites brasileiros usados na defesa cibernética, o que amplia a vulnerabilidade, conforme Amorim.
- As redes propriamente não têm um sistema brasileiro de proteção. As ferramentas todas que existem são estrangeiras. Umas das necessidades mais urgentes é desenvolvimento científico e tecnológico nessa área.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, citou tratados internacionais e a própria Constituição Federal como garantidores do direito ao sigilo e à privacidade das informações. Ele também participa da audiência no Senado, com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, José Elito.
- O assunto é de grande sensibilidade. O que está em jogo é a soberania brasileira – disse Patriota
FONTEO Globo / FOTO: Givaldo Barbosa – Agência O Globo

Um comentário:

  1. CADE AQUELA LOROTA COMUNISTA DE QUE O BRASIL É UM PAÍS PACIFICO É NÃO PRECISA DE INVESTIMENTOS EM DEFESA !!! OS AMERICANOS DEVEM SABER TODOS OS PLANOS PODRES DOS PETRALHAS !!!!

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