30/05/2012

Segurança da Rio+20 ganha reforço de 5 mil militares da FAB


O plano de segurança da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 ganhou reforço de 5 mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB). Esse aparato vai ser empregado no controle das Bases Aéreas do Galeão, na Ilha do Governador; dos Afonsos, em Marechal Hermes; e de Santa Cruz.

Se somados aos 15 mil profissionais anunciados ontem pelo Comando Militar do Leste (CML), teremos 20 mil militares e civis das Forças Armadas, das policias federal e estadual, bem como Guarda Municipal, funcionários da Receita Federal e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que estarão envolvidos na segurança da Rio+20, entre 4 e 29 de junho, no Rio de Janeiro.

O sistema conta ainda com a participação de 13 ministérios e 26 entidades públicas. Para isso, os governos federal, estadual e municipal investiram R$ 132,8 milhões, sendo R$ 90 milhões das Forças Armadas. Um exemplo desse investimento foi feito no Riocentro para que o participante da conferência tenha à disposição internet grátis com previsão de 30 mil acessos diários.

Para dar segurança às delegações dos chefes de Estado ou de Governo que estarão na conferência da ONU, seja no deslocamento dos comboios ou nos hotéis e locais de atividades, o plano terá a participação de 416 batedores formando 52 equipes especializadas. O tráfego aéreo de monitoramento das comitivas terá a proteção de 29 helicópteros nos cerca de 50 quilômetros da orla carioca. Além do Riocentro e do Aterro do Flamengo, os militares atuarão na região dos 38 hotéis onde estarão hospedados os oito mil delegados participantes da Rio+20.

O tráfego aéreo no Rio de Janeiro será feito pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), instalado ao lado do Aeroporto Santos Dumont. De lá serão, transmitidas as orientações de pouso e decolagem das aeronaves no período da conferência. Pelo menos 63 aviões utilizarão o pátio do Aeroporto Internacional Tom Jobim.

O sistema de segurança da conferência foi aprovado pela presidenta Dilma Rousseff. A elaboração do plano está sob o comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, e tem a coordenação do Comando Militar do Leste (CML). O efetivo militar utilizado pertence à Marinha, ao Exército e a Aeronáutica. A Polícia Militar contará com efetivo de 2,5 mil a cada dia do evento e 1 mil guardas municipais. A PF disporá de 1,4 mil delegados e agentes.

No Riocentro, o Centro de Defesa Cibernebética montou infraestrutura para proteger o sistema de telecomunicação de possíveis ataques de hackers. Somente no centro foram investidos R$ 20 milhões.

O plano de segurança conta também com tropas especialmente treinadas para atuação, prevenção e reação a ataques terroristas. Há também contingente para atuar na defesa química e bacteriológica. Em caso de possível ataque aéreo ou a entrada de qualquer aeronave sem a devida autorização, os equipamentos poderão ser abatidos por caças Super Tucanos ou F-5 M. Nesse caso extremo, a autorização será expedida pela presidenta Dilma.

Marinha do Brasil

A Marinha atuará na segurança da Rio+20 por meio do 1º Distrito Naval. Serão empregados 3,2 mil militares, 26 embarcações (navios-patrulha, rebocadores e lanchas), dois navios de porte médio (uma fragata e uma corveta) encarregados no controle marítimo, além de seis aeronaves.

O Distrito Naval prevê o emprego da segurança de 4 a 29 de junho, uma semana após o término da conferência. Caberá a Marinha a coordenação do segundo centro de comando e controle. O Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec), uma unidade de Forças Especiais da Marinha também participará do plano de segurança.

Exército Brasileiro

A 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Juiz de Fora (MG) dividirá com o Departamento de Segurança das Nações Unidas o controle do Riocentro. Lá está previsto efetivo de 1,2 mil militares. Na parte externa, a segurança ficará a cargo a Brigada de Infantaria Paraquedista, tropa de elite situada na Vila Militar, no Rio de Janeiro.

As ruas na capital fluminense contarão com o patrulhamento de tanques Cascavel e Urutu, mas com ação mais discreta em relação ao aparato usado na Rio'92. Na sede do Comando Militar do Leste (CML) ficará o principal centro de coordenação e controle. O centro está equipado com Pacificador – sistema de tratamento de incidentes com utilização de 250 smartphones. Cerca de 500 câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) estão transmitindo imagens dos principais pontos da cidade para a central do CML.

Força Aérea Brasileira

A Aeronáutica empregará 5 mil militares. A força utilizará, por exemplo, caças F-5 M de alta performance e A 29, o Super Tucano – aparelho de baixa performance -, além de helicópteros H-60 Black Hawk e AH2, de fabricação russa, que podem ser usados na interceptação de aeronaves. Os aviões radares também serão empregados no patrulhamento do espaço aéreo do Rio.

A FAB também garantirá a segurança nas três bases aéreas – Galeão, Afonsos e Santa Cruz – e manterá tropas em prontidão para eventual emergência.


Fonte: Ministério da Defesa

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