Militar usa experiência de 25 anos de trabalho para comandar esquadrão |
O Tenente Coronel Aviador Francisco Cláudio Gomes Sampaio ingressou na Força Aérea em 1987, para prestar o serviço militar obrigatório, no Curso de Formação de Soldados da Base Aérea de Fortaleza (BAFZ). Passados 25 anos, o ex-soldado comanda o Esquadrão Joker (2 ° /5 ° GAV). Em entrevista ao NOTAER, conta a sua experiência.
Notaer - Na época, qual a motivação que o levou a servir como soldado?
Ten Cel Av Francisco Cláudio Gomes Sampaio - A admissão como soldado foi uma grande surpresa e modificou significativamente os rumos de minha vida. A minha intenção à época não era a de prestar o serviço militar. Os meus planos eram totalmente diferentes. Eu cursava Física na Universidade Federal do Ceará (UFC) e nas Casas de Cultura Estrangeira, ligadas à UFC, estudava alemão, russo e inglês. Meus objetivos eram finalizar a faculdade de Física e tentar um mestrado na Alemanha ou na Rússia, daí o estudo dessas línguas.
A opção pela Força Aérea foi simples e fácil, por conta da admiração pessoal pela aviação e pelos saudosos AT-26 Xavante que cruzavam diariamente os céus alencarinos [como é chamado quem nasce em Fortaleza]. Já admitido e próximo ao final do curso, em novembro de 1987, fiz o concurso da Academia da Força Aérea e consegui aprovação. Na AFA, identifiquei a minha vocação como piloto de combate. Após os quatro anos na academia, em 1992, já em Natal (RN), fiz o Curso de Caça no 2 ° /5 ° Grupo de Aviação, Esquadrão Joker. Em 1993, retornei à BAFZ, como oficial para iniciar o Curso de Líder de Esquadrilha de Caça no 1 °/4 ° Grupo de Aviação, Esquadrão Pacau.
Notaer - Como avalia a experiência adquirida durante este período?
Ten Cel Av Cláudio - Os ensinamentos da época de soldado formaram a base cultural, ética e militar que facilitaram a vida como cadete. Assim, as dificuldades de adaptação [no que se refere à parte militar] tornaram-se mais amenas. Além disso, conhecer a realidade de vida, a rotina, as dificuldades e os desafios por que passam nossos soldados facilitou a minha vida como oficial, pois permitiu-me, em primeiro lugar, respeitá-los, e também motivá-los em direção ao cumprimen-to de nossa missão constitucional.
Notaer - Agora, no comando da unidade que forma os pilotos de caça, o que muda ?
Ten Cel Av Cláudio - Acredito na educação como forma de mudar a vida das pessoas e de nosso país. O Brasil apresenta-se hoje no cenário mundial como um dos grandes atores globais. Todo este destaque é fruto de nossa capacidade de produção, de nossa consolidada economia, que resistiu brava-mente às últi mas crises econômicas e, sobretudo, da força de nosso povo, que sempre acredita em um futuro próximo com menos desigualdades. Nesse sentido, acredito que a honra e a responsabilidade de formar os novos pilotos de caça da Força Aérea Brasileira revestem-se de elevada e especial importância e me deixam muito orgulhoso de participar deste processo de mudança. Os resultados de um trabalho profissional e comprometi do com os ideais de nossos antecessores serão perenes no tempo, por toda a vida operacional desses jovens caçadores e ampliarão a capacidade operacional da FAB, posicionando-a em elevado destaque no cenário mundial em um futuro bem próximo.
Fonte: Notaer
Sensacional! Exemplo para o povo brasileiro.
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ResponderExcluirFilho de Claudio Mascarenhas de Lacerda, a pedido do Pai, Ex-militar S2 Lacerda companheiro de turma de 1987, parabeniza vitoriosa conquista... (imagem corresponde ao Claudio Lacerda).
ResponderExcluirGrande home
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