14/09/2011

Pentágono continuará comprando caças Super Hornets


O Departamento de Defesa dos EUA vai continuar comprando caças Boeing F/A-18 Super Hornets como uma alternativa aos atrasos na produção do caça de quinta geração F-35 da Lockheed Martin, conforme um membro do Pentágono escreveu para um parlamentar neste mês.

“O compromisso do departamento para o F-35 é sólido e estamos comprometidos com as taxas de produção que minimizam o custo”, disse o subsecretário de aquisição do Departamento de Defesa, Ashton Carter, num documento enviado ao senador republicano do Texas John Cornyn, no dia 1º de setembro.



O Pentágono, no ano passado, pediu US$ 1,9 bilhão para mais 22 aeronaves não-furtivas F/A-18E/Fs e US$ 2,6 bilhões a mais para adicionais 28 no ano fiscal de 2012 para a fabricante Boeing, baseada em Chicago. Parte desse dinheiro veio de um pool de US$ 12 bilhões em fundos do F-35 que o Pentágono cortou ou transferiu no ano passado, citando a necessidade de testes adicionais de seu programa de armas mais importante.

Comprar caças F/A-18E/Fs adicionais “foi um reconhecimento” que um atraso na compra do F-35 da versão da Marinha “iria abrandar o ritmo que estes” chegariam a frota, disse Carter.

A Marinha estima que a entrada em operação terá início em 2015 vendo um déficit no número necessário de caças para seus 11 porta-aviões, escreveu Carter.

Ainda assim, “o F-35 é uma prioridade muito alta e a taxa de produção não será reduzida apenas para pagar outras contas no orçamento”, escreveu Carter.

Visão do Panetta


O secretário de Defesa Leon Panetta escreveu hoje ao senador republicano Saxby Chambliss da Georgia dizendo que a compra de F/A-18E/Fs mais “foi um reconhecimento da necessidade de manter a capacidade e habilidade.”


A compra adicional de “aeronaves F/A-18E/F altamente capazes irá ajudar a mitigar esse déficit, enquanto continuamos a alavancar as compras do F-35 junto ao governo”, escreveu Panetta. ”O F-35 se destina a complementar o F/A-18E/F, não substituí-lo. A Marinha precisa de recursos que ambas as aeronaves oferecem. ”

Panetta disse que o Pentágono “apoia fortemente o F-35″, mas a carteira de aeronaves militares táticas globais “não é isenta” da “revisão exaustiva” de papeis e missões globais em andamento pelo departamento.

“Estamos empenhados em tomar decisões responsáveis de investimento no F-35 que refletem o status do programa, os requisitos de estrutura de poder e as prioridades do Departamento”, escreveu ele.








Perguntas de Cornyn

Cornyn juntou-se a Comissão de Serviços Armados do Senado, que hoje analisou a nomeação de Carter para ser o próximo secretário da Defesa adjunto, para substituir William Lynn.

Numa carta de setembro de Carter para Cornyn, e noutra no dia 06 de setembro, foram enviadas perguntas em buscas de respostas as preocupações do senador sobre o Pentágono não estar suficientemente comprometido com os US$ 382 bilhões do programa F-35, que a empresa Lockheed Martin, baseada em Bethesda, Maryland, fabrica no Texas.

Carter, na carta do dia 6 de setembro, procurou esclarecer a posição do Pentágono sobre a sua estimativa preliminar de que o F-35 está projetado para custar US$ 1 trilhão em operações e custos de manutenção até 2065, com base na compra de 2.443 jatos.

“Esta estimativa representa uma projeção com base em um extenso conjunto de pressupostos e dados históricos retirados de programas anteriores ajustados para refletir a configuração do F-35″ – não os dados de desempenho real para o Joint Strike Fighter, disse Carter. O escritório do programa está agora realizando uma “análise de caso de negócio” para aguçar a estimativa, que não será concluída até que o orçamento fiscal 2013 seja apresentado em fevereiro, disse Carter.





Ação do Painel do Senado

A Subcomissão de Dotações de Defesa do Senado na sua versão do projeto de lei de defesa fiscal de 2012 recomendou hoje cortar US$ 695 milhões a partir de um pedido de US$ 9,7 bilhões dos F-35 e manter os níveis de produção de 35 aeronaves aprovadas para este ano, em vez de aumentar para mais de 40 no ano fiscal de 2013.

“Continuamos a apoiar fortemente este programa e acreditamos que o progresso do F-35 está sendo mostrado desde que foi reestruturado no ano passado”, disse o presidente do painel, o senador democrata do Havaí, Daniel Inouye, através de um comunicado.

Ainda assim, continua havendo “excessos” que se sobrepõem, ou “concorrência” entre o desenvolvimento e as primeias aeronaves e apenas 10 por cento do programa de testes está completo.

A finalização do Comitê de Apropriações do Senado está prevendo conseguir os US$ 513 bilhões para investimentos de defesa nessa quinta-feira.



Fonte: Bloomberg

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