18/08/2011

FX-2: Conhecendo um pouco mais o Super Hornet



O Super Hornet é uma aeronave totalmente nova, especialmente na aviônica, sensores, softwares de missão e poder de fogo.  A chegada do Super Hornet colocou os esquadrões de caça da US Navy na era digital, especialmente se olharmos detalhadamente a cabine da aeronave. O painel do Echo e o Painel dianteiro das versões Fox e Golf possuem quatro telas de Active Matrix Liquid Cristal Display (AMLCD) ou de matriz ativa de cristal líquido do tipo Advanced Mult-Purpose Display ( AMPD ), além de uma 5ª tela dedicada ao gerenciamento do consumo de combustível, denominada Engine Fuel Display (EFD). Na cabine do piloto, o EFD também apresenta a situação do trem de pouso e o status dos motores. Dispostos de um de cada lado do painel, os AMPDs apresentam, simultaneamente, informações sobre os parâmetros da aeronave, dos aviônicos, dos motores, do armamento, do FLIR, do sistema de EW e do radar, tanto no modo ar-ar quanto ar-solo.


Entre os dois AMPDs está posicionado o Up Front Control Display (UFCD), uma tela monocromática que apresenta a interface primária para a operação da aeronave. Nela o piloto automático pode inserir freqüências de rádio, dados de navegação, piloto automático, rota e programações para os diversos sensores. Além dessas funções, o UFCD, assim com os AMPDs, pode apresentar informações do HUD, radar, FLIR e sistema de EW. Abaixo do UFCD está localizado o Multi-Purpose Color Display (MPCD), que basicamente combina um moving map com um HSI (Horizontal Situation Indicator). O MPCD também tem a função de ampliar a consciência situacional do piloto, pois pode apresentar imagens do FLIR e do HUD, além de dados advindos do MIDS/datalink (Link-16)



Já nos modelos F e G, o assento traseiro é denominado Advanced Crew Station (ACS). Ao contrário do usual, a versão biplace não tem a função primária de conversão operacional, mas de emprego operacional nas arenas de ataque e guerra eletrônica. A arquitetura do cockpit traseiro permite que o Weapons Systems Officer (WSO-Oficial Operador do Sistema de Armas) trabalhe de forma independente. O seu painel é similar ao dianteiro, com quatro MFDs e um EFD. A única diferença é que no lugar do MPCD (16,20 x 16,20com) está localizado o Advanced Tatical Display (ATD), uma tela de 20,32 x 25,40 cm, que apresenta a situação tática em tempo real ao WSO. O ATD traz basicamente as mesmas informações do MPCD presente na cabine dianteira, porém em uma escala maior, o que permite uma melhor visualização, análise e ação por parte do segundo tripulante.
Com essas informações é possível identificar, locar e atacar alvos, lançando mísseis ou armas guiadas. Para isso, conta com a ajuda de dois controles de mão, que auxiliam no guiamento do armamento, determinando e corrigindo seu ponto de impacto. O conceito é que o WSO se concentre nos alvos, selecione o armamento e acompanhe sua trajetória até o impacto, deixando que o piloto mantenha seu foco em outras ameaças em aeronaves hostis durante o ataque.                                                            








No E/A-18G, o software e alguns comandos são específicos de guerra eletrônica (EW) e de controle do pod NA/ALQ-99, sendo sua operação combinada com o emprego do míssil anti-radiação AGM-88HARM. Nas missões de conversão operacional, tanto o F/A-18F como o E/A-18G podem ter a cabine traseira rapidamente configurada como uma cabine de pilotagem (inclusão de manetes, manche e pedais) e assim passar a realizar voos de instrução operacional.


A aeronave foi concebida para era a “fusão de informações”. Sendo assim, todos, os dados advindos dos sensores internos, do radar, dos sistemas de ECM e IR, ou externos, como pods, datalink, centros de controle no solo e aeronaves AWACS são rapidamente organizados e disponibilizados ao piloto via Multi-function Information Distribuition System (MIDS). O MIDS atua em conjunto com os dois computadores centrais e com o Operational Flight Program (OFP), permitindo que os dados essenciais sejam filtrados e projetados diretamente nas telas do painel, no HUD ou na viseira do capacete, gerando mais consciência situacional. O Vision Systems International Join Helmet Mounted Cueing Systems (JHMCS) é o capacete padrão tanto do F/A-18E/F/G como dos F-15C/D/E e F-16C/D. O capacete é totalmente integrado à aeronave, sendo capaz de alocar e designar alvos nos modos ar-ar e ar-solo/mar. Nas duas condições é possível lançar armas guiadas, como bombas laser ou mísseis IR off-boresinght, apenas usando a mira montada no capacete. A interação chega ao requinte do piloto poder visualizar o que o WSO estava vendo ou locando, e vice-versa. 

O capacete incorpora um Helmet Display Unit (HDU), cujo principal objetivo é projetar os dados contidos no Head-Up Display (HUD) diretamente na viseira do piloto e do WSO, mesmo se este estiver operando no weapons mode. No F/A-18, o HUD, além das funções clássicas, também projeta imagens geradas pelo FLIR. A aeronave possui ainda um sistemas HOTAS (Hands On Throttle And Stick), que movimenta superfícies de comando tipo Fly-By-Wire (elétricos). Para navegar, o Super Hornet possui uma cabine IFR completa a qual, além do sistema de navegação convencional (TACAN), produzido pela Collins, é dotada de um GPS/INS Honeywell NA/ASN/18 ANAV e de um radar altímetro, que estão integrados ao moving map. Para o pouso IFR, a aeronave conta com o Advance Carrier Landing Systems, um equipamento para pouso automático em porta-aviões, similar ao ILS.

A suíte de contramedidas e EW do Super Hornet é composta por um sistema integrado denominado IDECM (Integrated Defensive Coutermeasures). O IDECM é formado por um dispersador de chaff e flare do tipo Sysmetrics Ind. NA/ALE-47, que também realiza a função de interferidor genérico com ênfase em sinais de transponder, através do uso do POET (Prime Oscillator Expendable Transponder). O IDECM conta também com um RWR (Radar Warning Receiver) tipo AAN/ALR-67 (V3) capaz de avisar o piloto de ameaças como ‘’iluminações de radar’’ e aproximação de mísseis. Outro item desse sistema é o AN/ALG-214 (Radio-Frequency Conuntermeasures), um equipamento dedicado a conter ameaças hostis provenientes de emissões de radiofreqüência, como jamming ativo/passivo, e mísseis guiados por radar. Fabricado pela ITT Industries, o ALQ-214 além de alertas e conter interferências, também pode providenciar uma resposta direta, realizando contramedidas e jamming ativo, bem como empregar o home-on-jam – utilização do sinal de interferência hostil para, em conjunto com o radar APG-79, guiar mísseis BVR. Completa a suíte eletrônica do IDECM o NA/ALE-50, um sistema rebocado capaz de iludir sinais de radar e mísseis ativos e acionado pela tripulação, quando passa a’’voar’’ tracionado pela própria aeronave a dezenas de metros, atraindo para si as ameaças hostis. O ALE-50 auxilia e complementa as ações do ALQ-214.








O Radar foi um dos principais ganhos operacional alcançado pelo Super Hornet. O Raytheon AN/APG-79 é um radar multímodo (com capacidade de operar simultaneamente nos modos ar-ar, ar-solo e ar-mar) e do tipo AESA (Active Electronic Scanned Array), ou seja, de varredura eletrônica ativa, e que tem capacidade de detectar alvos a cerca de 180 km. O APG-79 pode localizar, travar e acompanhar mais de 20 alvos simultaneamente, podendo atacar com armar guiadas até quatro alvos ao mesmo tempo, em intervalos de 2,5 a 3 segundos. No entanto, o ataque simultâneo só pode ser efetivado em um dos modos, e não em modos distintos ao mesmo tempo. De acordo com a Boeing, o F/A-18E/F em breve será capaz de atacar até oito alvos prioritários no modo ar-ar com mísseis BVR AIM-120 AMRAAM. Para navegar e atacar alvos no solo com armas guiadas, o APG-79 apresenta modos de operação. O primeiro é o Synthetic Aperture Radar (SAR), que mapeia, localiza, identifica e trava alvos fixos ou móveis. O outro modo é o RBM (Real Beam Mapping), que gera um moving map em tempo real com escala variável, ampliando consideravelmente a consciência situacional da tripulação, pois apresenta a posição dos diversos alvos e das referências do terreno. Totalmente integrado à aeronave, o radar opera em coordenação com outros sensores, pods e sistemas, como o JHMCS, o ATFLIR, a suíte de EW e o sistema de armas. O APG-79 AESA foi introduzido em 2005 nos Super Hornet do Bloco II. Até então (Bloco I), o Super Hornet empregava o radar convencional APG-73.







2 comentários:

  1. WOOOOOOOOOOWWW
    sera que vou mudar de opnião sobre o fx-2? ...
    D;
    OTIMO POST. NOTA 1000
    continue assim bronw \o/

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  2. kkk vlw, o Super Hornet é o otimo caça, o q mais peca nos EUA é a transferencia de tecnologia....veremos o q acontece

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