09/06/2019
Ministério da Defesa revela em vídeo teste com míssil de Cruzeiro ar-superfície
Postado por
Vinicius Donadio
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Um vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa no dia 7 de junho revela uma versão do Míssil Tático de Cruzeiro MTC-300 ar-superfície, confirmando informações de que um míssil do tipo tinha sido usado recentemente em testes de integração em um caça F-5M da Força Aérea Brasileira.Inicialmente, o MTC-300 (ou AV-TM 300) é um míssil do tipo superfície-superfície, lançado pelas mesmas viaturas do Sistema Astros 2020.
O Exército Brasileiro já fez vários lançamentos de teste do MTC-300, os mais recentes realizados entre entre os dias 25 de fevereiro e 1 de março, no CLBI (Centro de Lançamento da Barreira do Inferno).
O MTC-300 utiliza um motor foguete (booster) no lançamento e durante o voo de cruzeiro, subsônico, a propulsão é feita por uma turbina desenvolvida também pela Avibras.
Nesta versão, o míssil pode atingir o alcances superiores a 300 quilômetros, e inicialmente teria duas versões: uma com cabeça-de-guerra do tipo Auto-Explosiva (AE), com peso máximo até 200 kg, contendo 109 kg de PBX como explosivo; e outra com cabeça-de-guerra múltipla, com cerca de 66 submunições de 70 mm, podendo ser utilizado contra formações blindadas.
O programa de construção do MTC-300 é parte do Projeto Estratégico do Exército (PEE) ASTROS 2020, projeto 100% nacional, com independência tecnológica e propriedade intelectual do Exército Brasileiro.
A navegação do míssil é feita por meio de sensores de navegação inercial junto com GPS, com um sistema antijaming e rádio altímetro para mantê-lo na altitude correta em relação ao solo. Obedece seu curso em conformidade com as informações armazenadas a bordo, com possibilidade de serem estabelecidos waypoints.
O MTC-300 poderá ser utilizado contra instalações estratégicas, alvos inimigos de valor (meios logísticos, artilharia, blindados e meios aéreos) e alvos que devam ser neutralizadas logo no início do conflito, normalmente associadas à obtenção de superioridade aérea e à quebra da capacidade de coordenação das ações pelo inimigo.
A versão ar-superfície do MTC-300 dispensa o booster usado na versão superfície-superfície.
A arma está no limite do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis, o MTCR, do qual o Brasil é signatário. O acordo restringe o raio de ação máximo a 300 quilômetros e as ogivas a 500 quilos.
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