Brasília, 14/01/2014 – O Comando de Operações Terrestres (Coter) – um dos principais braços do Exército Brasileiro – tem novo comandante. O general Williams José Soares assumiu, nesta terça-feira (14), a chefia interina em substituição ao general João Carlos Vilela Morgero, que passou para a reserva. O general Vilela foi nomeado pela presidenta Dilma Rousseff representante permanente do Brasil junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça.
A cerimônia de transmissão de cargo ocorreu no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP). Em discurso de despedida, o general Vilela contou parte dos 47 anos de serviços prestados à Força Terrestre, iniciado em 1967 e concluído com a chefia do Coter. Para o general, em quase cinco décadas foi possível acompanhar o “Exército como eficaz instrumento de desenvolvimento social”.
Novo comando
Para marcar a assunção ao cargo de comando de Operações Terrestres, as autoridades militares e civis foram recepcionadas pelos generais Soares e Vilela no portão principal do BGP. O ministro da Defesa, Celso Amorim, chegou ao local sendo recebido com honras militares. No palanque principal, junto com o ministro do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), general José Elito de Carvalho, do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, Amorim assistiu ao evento.
Após execução do Hino Nacional brasileiro, o general Vilela proferiu discurso de despedida e, em seguida, o general Enzo fez a leitura da referência elogiosa ao ex-comandante do Coter. Depois, os generais Enzo, Vilela e Soares ocuparam os respectivos dispositivos em frente ao palanque principal para a oficialização da transmissão de cargo.
O evento foi concluído com desfile das tropas que representam os setores do Coter.
Operações Terrestres
Criado pelo decreto nº 99.699, de 6 de novembro de 1990, o Coter está instalado no Quartel-General do Exército, em Brasília (DF). Seu primeiro comandante foi o general Antônio Luiz Rocha Veneu.
No começo de suas atividades, o Coter absorveu atribuições inerentes ao Preparo e ao Emprego da Força Terrestre. No entanto, profundas modificações se processaram nos contextos nacional e internacional, fazendo com que este órgão de direção setorial se adequasse, da melhor forma possível, às novas necessidades da defesa da Pátria.
Nessa abrangente missão, coube-lhe a responsabilidade pela expedição de diretrizes e orientações que tratam do Planejamento Operacional e da Instrução Militar, visando ao emprego da Força Terrestre na Garantia da Lei e da Ordem, em Ações Complementares e em Operações Internacionais de Manutenção da Paz.
Em 14 de março de 1991, foi aprovado o Distintivo da Unidade, conforme Portaria Ministerial nº 149. Em setembro de 1993, foi concedido ao Coter o Estandarte Histórico, pela Portaria Ministerial nº 489, de 3 de setembro de 1993; e no dia 30 de maio de 2001, foi realizada no Superior Tribunal Militar, a solenidade de entrega da condecoração ao Estandarte do Comando de Operações Terrestres com a insígnia da Ordem do Mérito Judiciário Militar.
A partir de 1º de janeiro de 2003, o Coter passou a ter autonomia administrativa, antes vinculada ao Estado-Maior do Exército (EME), que lhe foi concedida por meio da Portaria nº 286-Cmt Ex, de 25 de junho de 2002.
Fonte: Ministério da Defesa