11/10/2011

Dilma Rousseff destaca avanço na repressão ao crime nas fronteiras brasileiras

Em programa semanal de rádio, presidenta da República divulgou balanço das operações realizadas no âmbito do Plano Estratégico de Fronteiras

Brasília, 10/10/2011 – A presidenta da República, Dilma Rousseff, usou hoje o programa de rádio "Café com a presidenta" para fazer um balanço de quatro meses do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado em junho pelo governo federal.

Coordenado pelo vice-presidente Michel Temer, junto com os ministérios da Defesa e da Justiça,o PEF visa coibir ilícitos e reduzir a criminalidade nas fronteiras brasileiras.

Em tom didático, Dilma Rousseff resumiu os resultados alcançados até então, além de explicar a natureza e a complementaridade das operações Ágata e Sentinela, por meio das quais militares e agentes de segurança pública executam o plano de proteção às fronteiras.

Em sua fala, a presidenta da República deu destaque ao saldo de apreensões realizadas pelos agentes envolvidos nessas operações. Citou, como exemplo, a apreensão de mais de 62 toneladas de drogas – o equivalente a oito carretas – de junho para cá. “Temos tido um resultado muito positivo no combate a esse contrabando”, disse. “Conseguimos evitar que uma quantidade grande de maconha, de cocaína e outras drogas chegasse às cidades brasileiras.”

Dilma Rousseff mencionou também a apreensão de 65 mil munições e 300 armas pelos agentes que atuam na Operação Sentinela, além de 3 mil prisões em flagrante. E destacou, no âmbito da Operação Ágata, os 650kg de explosivos, além de armas, munições e drogas apreendidos na divisa do Brasil com o Paraguai, Argentina e Uruguai – palco da segunda fase da operação, terminada há alguns dias (ver quadro abaixo).

Ao apresentar os resultados, a presidenta da República fez questão de deixar claro o propósito das duas operações que integram o Plano Estratégico de Fronteiras, ressaltando o caráter integrador da iniciativa.



Sobre o funcionamento da Operação Ágata, coordenada pelo Ministério da Defesa, a presidenta explicou que as Forças Armadas chegam de surpresa, de forma ostensiva, e realizam uma ação de impacto em pontos da fronteira. “É uma ação temporária, localizada, mas que reforça visivelmente a presença do Estado em regiões onde identificamos a atuação de traficantes, contrabandistas e quadrilhas.”

Já sobre a Operação Sentinela, de responsabilidade do Ministério da Justiça, Dilma Rousseff disse que ela tem características diferentes, por sua natureza constante. “O pessoal fica instalado em pontos estratégicos da fronteira, fazendo policiamento permanente”, explicou.

Segundo a presidenta, a força do Plano Estratégico de Fronteiras reside justamente na complementaridade dessas duas operações. “Enquanto a Operação Ágata mostra a força de um Estado atento, a Operação Sentinela faz o trabalho cotidiano, permanente, de investigação e informação”, afirmou.

Operação Ágata

Os dados sobre a Operação Ágata divulgados no programa "Café com a presidenta" constam de um balanço preparado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) sobre as duas fases da operação. A Ágata 1 foi deflagrada em agosto deste ano; a Ágata 2, em setembro.

Na primeira investida, um efetivo de 2.838 militares foi deslocado para a fronteira com a Colômbia, na Amazônia. Na segunda, 8.011 homens e mulheres das Forças Armadas foram mobilizados para patrulhar os 3,5 mil quilômetros de fronteira com o Uruguai, Argentina e Paraguai. O EMCFA é o órgão do Ministério da Defesa encarregado de coordenar as operações.

Confira, no quadro abaixo, os principais resultados das operações Ágata 1 e 2.


Fonte/Fotos: Ministerio da Defesa

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