08/07/2011

Falando um pouco sobre o radar do Rafale: RBE2

O Rafale que está sendo oferecido ao Brasil é uma aeronave que incorpora tecnologias de última geração, uma delas é o radar RBE2, que é um radar AESA 100% francês. O programa de desenvolvimento do radar começou nos anos 90 pela Thales e a Dassault Eletronique.
Hoje a maioria dos radares carregado pelas aeronaves de combate são de varredura mecânica, compostos por uma antena fixada sobre uma articulação cardan e acondicionados em um compartimento no nariz da aeronave. Um transmissor emite um único feixe radar que é direcionado num arco de 100° durante cerca de um segundo.
Imagem: Thales                                                                                                       
No lugar desses radares começam a surgir os radares de varredura eletrônica, nos radares digitais de varredura eletrônica uma antena fixa, composta de cerca de 500 a 1.000 pequenos módulos, irradia diversos feixes individualmente direcionáveis e em freqüências diferentes. Cada feixe pode ser movido ao redor de um arco de 100° em menos de um milissegundo, além de poder ser redirecionado com grande agilidade de um alvo para outro. Cada módulo é, na verdade, um minirradar. 

Por incrível que pareca as antenas de varredura eletronica não são novidades. Elas já existem desde os anos 50 em radares baseados em terra ou em navios de guerra. Mas a tecnologia existente na época não permitia a sua construção em dimensões reduzidas. Quando eles alcançaram tamanhos que pudessem ser aerotransportados passaram a equipar aeronaves de controle e alerta em vôo, como por exemplo, o Ericsson PS-890 Erieye carregados pelos jatos E-99 da Força Aérea Brasileira.


Capacidades do RBE2


O Thales RBE2 AESA é o coração eletrônico do Rafale. Do tipo multímodo de pulso Doppler, o RBE2 é um radar de varredura eletrônica ativa (AESA) simultânea ar-ar, ar-solo e ar-mar. Seu alcance estimado é de 130 km com capacidade de locar cerca de 40 alvos ao mesmo tempo e em quaisquer condições meteorológicas, onde, a partir da versão F3, oito alvos poderão ser eleitos prioritários e atacados simultaneamente com mísseis BVR em intervalos de dois segundos, sem perda do acompanhamento dos demais 32 alvos.Quando no modo ar-solo ou ar-mar, o RBE2 pode travar em alvos fixos e móveis, 
usando para isso o modo de abertura sintética (SAR) que escaneia o terreno gerando mapas de alta resolução. Isso permite ataques precisos de modo direto ou stanf-off com armas guiadas. O radar está totalmente integrado aos sistemas de armas e sensores da aeronave, em especial ao OSF e ao SPECTRA, permitindo máxima interação homem-máquina. O RBE2 AESA foi  introduzido a partir da versão F2 e estará com sua capacidade máxima a partir da versão F3.

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